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Chefe da Medina Bank continua ofertando investimentos mesmo após ser indiciado

O indiciamento por prática de pirâmide financeira não impediu Izaltino Medina, dono do Medina Bank, de continuar ofertando investimentos duvidosos na internet.

Em uma operação deflagrada em maio deste ano, Medina e outras seis pessoas, sendo cinco da mesma família, foram indiciadas por estelionato no âmbito da “Operação Medina”.

A empresa é acusada de operar um esquema de pirâmide financeira que oferecia rendimentos de 15% ao mês. A promessa era aplicar o capital em Bitcoin, mas o Medina Bank nunca comprovou a atividades. Além disso, deixou de pagar os seus investidores.

As autoridades estimam que o golpe deixou um prejuízo de mais de R$ 15 milhões. Calcula-se ainda que 2.000 pessoas foram lesadas pelo grupo em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

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Investimento duvidoso

Em março deste ano, antes da operação que desmantelou o Medina Bank, Izaltino e seu filho chegaram a ser presos em Minas Gerais. 

No entanto, alguns dias depois, a justiça revogou a prisão preventiva. Atualmente, eles estão em liberdade sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas. Contudo, eles continuam na ativa, Izaltino Medina, principalmente.

Na sexta-feira passada, dia 23 de julho, o dono do Medina Bank publicou uma oferta de investimento em sua rede social.

No texto, ele afirmava que a oferta “100% segura” era destinada a pessoas que têm “dinheiro parado no banco, em caderneta de poupança ou em aplicações financeiras”.

De acordo com a publicação, o suposto investimento garantia um retorno anual de 18% ou 1,5% ao mês. O tal negócio consiste em adquirir cédulas e moedas antigas, escreveu Medina.

Pessoas continuam investindo com indiciado

Procurada pelo G1, a delegada responsável pelo caso, Monah Zein, afirmou que mesmo após o indiciamento, as pessoas seguem acreditando nas promessas de Medina:

“As pessoas realmente acreditam nele e continuam investindo, chega a ser assustador”, disse.

A delegada também afirmou que há poucos boletins de ocorrências registrados contra a empresa. Ademais, já se sabe que mais de dois mil investidores foram lesados pelo esquema. Portanto, o montante deve ser muito superior à avaliação inicial, segundo Zein:

“Nós sabemos que o montante de dinheiro que circulou nesse esquema é muito maior que R$ 15 milhões. As vítimas têm que fazer o boletim de ocorrência”, ressaltou a delegada.

A falta dos chamados BOs pode ter uma explicação. Uma investidora do Medina Bank, que preferiu não se identificar, afirmou que pessoas ligadas à empresa dizem para as vítimas não registrarem queixas.

“Falam que somente as pessoas que não processaram o Medina, que não estão movendo um processo ou que não fizeram boletim de ocorrência vão receber”, contou.

Segundo a delegada, a Polícia Civil já iniciou a segunda fase das investigações. Essa etapa inclui um inquérito para investigar um dos sócios do Medina Bank.

Conforme explicou Zein, o financiador da suposta pirâmide abriu outro negócio de investimentos que já quebrou.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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