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Chainalysis publica relatório com destino dos Bitcoins obtidos no hack do Twitter

No dia 15 de julho, um grande hack ocorreu no Twitter. Até mesmo perfis verificados foram invadidos, e aplicaram um golpe pedindo Bitcoin.

O resultado do ataque em massa na rede social foi 13,14 BTC roubados.

A empresa de análise Chainalysis acompanhou as movimentações do endereço, e publicou um relatório no dia 22 de julho.

Uma semana depois

No relatório, a Chainalysis conta o que descobriu uma semana após o ataque.

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Como contexto, a empresa falou sobre o volume de criptomoedas movimentado por golpes em 2019. Cerca de 74% das transações ilícitas se deram por meio de golpes no ano passado.

Em 2020, golpes com criptomoedas continuaram sendo um problema. Principalmente os golpes de “Trust Trading”.

Trust Trading foi a tática utilizada no golpe do Twitter. Um hacker cria um perfil falso, se faz passar por uma celebridade e propõe: “se você me enviar 1 BTC, eu envio 3 BTC de volta”.

Desde 2018, 71% dos golpes com criptomoedas ocorreram desta forma, conforme revela o gráfico abaixo:

Gráfico com a divisão dos golpes com criptomoedas. Fonte: CryptoScamDB/Chainalysis

Três endereços de Bitcoin foram utilizados para roubar as vítimas, um deles apresentado na maioria dos golpes.

Contudo, dos R$ 600 mil roubados das vítimas, a empresa suspeita que R$ 100 mil são dos próprios hackers.

Esse valor enviado pelos próprios hackers é uma tática comum do Trusted Trading. Os golpistas fazem com que o público acredite que quantias já foram enviadas.

Então, um quarto endereço é apresentado, este para liquidar os BTC e levar todo o dinheiro. Trata-se do “endereço de liquidação”.

O endereço de liquidação foi ativado em maio, e já havia recebido cerca de 7,88 BTC desde então.

Atualmente, dos 21 BTC no endereço, os hackers ainda estão com 5,5 BTC. Do total, 10 BTC foram enviados para serviços de ocultação de endereço, enquanto 5,5 BTC foram enviados para outras entidades.

Autoria do ataque

Um repórter do New York Times afirma ter conversado com dois dos três indivíduos por trás do ataque.

Segundo eles, o terceiro indivíduo não contatado foi quem impulsionou todo o esquema.

Foi ele também o responsável por ganhar acesso ao Twitter, por meio de uma ferramenta não especificada.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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