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CEO de exchange brasileira diz que o Bitcoin é o futuro mas ainda têm barreiras a superar

Em uma entrevista ao portal de notícias G1, Gustavo Chamati, CEO e um dos fundadores da exchange Mercado Bitcoin, afirma que, no futuro, as criptomoedas integrarão o sistema econômico tradicional, apesar das dúvidas regulatórias que enfrenta atualmente.

“A tecnologia vai permitir que vários nichos de aplicações sejam utilizados com as criptomoedas”, afirma.

Chamati destaca também que a Mercado Bitcoin está entre as exchanges de criptomoedas mais antigas do mundo, tendo iniciado suas operações já em 2013, e reforçou que o grande boom do mercado aconteceu em 2017, impulsionado pelo reconhecimento do Japão de que o BTC poderia ser usado como moeda pela nação.

“Isso chamou atenção da mídia e houve uma cobertura massiva. Muita gente começou a colocar dinheiro nesse mercado e o Bitcoin cresceu no mundo todo”, destacou.

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Questionado sobre a regulamentação do mercado, o CEO destacou ser a favor da regulamentação e defende que uma autorregulamentação deve ser proposta, pois uma determinação do Estado pode demorar mais tempo. “Nós somos a favor da regulação. Regulação e autorregulação são coisas distintas. Mas em indústrias que tratam de conceitos novos e não se adaptam à legislação que já existe e precisam de uma nova legislação, ela demora. Isso aconteceu com as empresas de pontos de fidelidade e, há 6 ou 7 anos, com empresas de cartão de crédito. As empresas do setor se reúnem e criam regras básicas para, entre elas, dar credibilidade ao mercado e conseguir separar as empresas oportunistas ou ainda sem estrutura adequada e que podem prejudicar a imagem do setor. Isso estabelece um mínimo de regras básicas para as empresas cumprirem e serem reconhecidas no meio”, disse, citando o conceito por trás da ABCripto (Associação Brasileira de Criptoeconomia), que tem a exchange como uma das integrantes.

Sobre o futuro, Chamati é otimista e acredita que criptomoedas vão coexistir com a economia tradicional.

“Eu acredito que, no futuro, o mercado financeiro e de criptomoedas passará a ser o mesmo, um só. Vejo as criptomoedas com uma nova classe de ativos, com várias potenciais aplicações. Elas podem ter um um nicho específico de reserva de valor, como um ouro digital, como parece o que o Bitcoin tem se tornado. Mas há também plataformas para programar contratos inteligentes e outra desenhada para ser uma moeda da internet das coisas. A tecnologia vai permitir que vários nichos de aplicações sejam utilizados com as criptomoedas”, declarou.

No entanto, destacou que o Bitcoin precisa vencer algumas barreiras antes de tornar-se efetivamente um meio de pagamento.

“O fato de a tecnologia ser descentralizada a torna muito poderosa, por funcionar no mundo todo e ser fácil de usar. Mas para virar meio de pagamento, precisa ficar mais popular para criar um ambiente de recebimento e pagamento automático. Hoje ela é muito mais usada como reserva de valor ou ativo de especulação. Outras criptomoedas têm a transação mais barata que o Bitcoin, mas ele é mais popular, maior e funciona há mais tempo. Não acho impossível que o Bitcoin evolua como meio de pagamento. Que vai existir uma moeda digital com esse fim, não tenho muita dúvida”, finaliza.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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