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CEO da Kraken alerta para riscos de armazenar criptomoedas em exchanges

Um alerta sobre os riscos de armazenar criptoativos em exchanges partiu de uma fonte inusitada: do CEO de uma das maiores plataformas de negociação de criptomoedas do mercado. O portal de notícias CCN divulgou uma fala de Jesse Powell, CEO da Kraken, na qual ele adverte os usuários de ativos digitais para não armazenarem seus fundos em exchanges.

O alerta de Powell veio após a violação de segurança de alto nível sofrida pela exchange Cryptopia, sediada na Nova Zelândia, conhecida por listar uma ampla gama de altcoins.

Gerencie suas próprias chaves

Qualquer aplicativo ou plataforma conectado à Internet é hackeável por natureza. Por definição, as exchanges operadas de forma centralizada são semelhantes aos bancos, pois possuem as chaves privadas e o controle sobre os fundos dos usuários.

Se um hacker conseguir acesso aos servidores centrais ou ao sistema de gerenciamento interno de uma exchange, ele pode roubar fundos de usuários, informações privadas e dados financeiros. É dessa forma que ocorrem praticamente todos os roubos de criptoativos, uma vez que invadir uma blockchain pode ser algo extremamente custoso.

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Como disse Powell, uma maneira mais segura de armazenar criptomoedas é em uma carteira de hardware ou em uma carteira sem custódia que permite aos usuários gerenciar suas próprias chaves privadas. Em sua conta no Twitter, o empresário fez o alerta e colocou até a sua própria exchange como exemplo.

“Por favor, não armazene mais moedas em uma exchange (incluindo @krakenfx) do que o valor que você precisa negociar ativamente. Use uma Ledger ou Trezor. DEXes (exchanges descentralizadas)  também não são tão seguras – olhe para o DAO. Código aberto significa apenas que as brechas de segurança serão descobertas mais cedo (provavelmente não pelos mocinhos)”, observou ele.

Custódia própria vs terceiros de confiança

Alguns especialistas argumentam que as principais exchanges centralizadas, como Binance ou Kraken, podem ser mais seguras para usuários casuais ou iniciantes, devido ao seu maior grau de segurança e confiabilidade. Embora não seja recomendável, o uso de exchanges como carteira pessoal ainda é comum porque novos usuários tende a administrar mal chaves privadas e dados confidenciais.

Exchanges bem regulamentadas, como a Gemini, possuem até seguradoras em vigor que podem reembolsar os investidores que percam seus fundos por causa de violação de segurança ou ataque de hackers. À luz dos recentes ataques de hackers às bolsas de criptomoedas, certos países, como a Coréia do Sul, solicitaram plataformas de negociação para obter seguro para proteger os investidores e seu capital.

O risco de armazenar criptoativos em uma carteira de hardware, mantendo a custódia por conta própria, é a falta de presença de uma empresa ou de um representante que possa ajudar um investidor a recuperar fundos caso ele perca sua senha.

Nesses casos, a responsabilidade em armazenar e proteger os fundos é totalmente do investidor, que deve fazer backups das carteiras com segurança e com regularidade. Enquanto a carteira estiver bem mantida, são mínimas as possibilidades de violação de segurança.

Leia também: Os 5 melhores aplicativos de carteiras para criptoativos

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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