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CEO da eToro diz que vender criptomoedas hoje é como vender ações da Apple em 2001

Desde a chegada do Bitcoin, em 2009, existem especulações sobre o ativo digital ser ou não uma bolha – sendo que, desde 2013, as especulações ganharam ainda mais força por causa da grande oscilação de preço do ativo digital.

Após o grande boom do ano passado e a forte retração de preço em 2018, os clamores de bolha tornaram-se cada vez maiores, vindo de nomes de grande peso do mercado financeiro e de tecnologia (clique aqui e aqui para ver alguns dos mais famosos).

Porém, mesmo com a recente (e enorme) queda nos preços dos ativos, o mercado ainda continua a atrair o interesse de investidores e entusiastas que não apenas acreditam nos ativos digitais, mas também defendem que vendê-los hoje pode ser um grande erro.

Uma outra visão da “bolha”

O mais novo nome a falar sobre ativos digitais foi Yoni Assia, CEO da plataforma de trading eToro. Assia pegou a analogia da bolha “pontocom”, que afetou muitas empresas no início dos anos 2000. No entanto, em vez de falar contra as criptomoedas, Assia escolheu um caminho diferente. Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, Assia disse que 90% das startups de ativos digitais vão “acabar virando pó”, mas ele acredita que essas startups têm uma plataforma maior do que as da bolha das pontocom.

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De 1995 a 2000, as pessoas investiram pesadamente em empresas “.com”, um mercado no qual muitas “empresas” surgiam sem sequer possuir modelos de negócios adequados. Por conta disso, muitos investidores tradicionais utilizam o exemplo daquela ocasião para alertar sobre os riscos de propostas como “descentralização universal” ou das ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês).

Hoje em dia, as pessoas podem apresentar novas ideias em um whitepaper para todo o mundo ler. Como essas invenções são criativas, os milionários investem pesado em ICOs. Mesmo que 1.000 deles contribuam com US$10 mil individualmente, todo o projeto pode levantar US$10 milhões em um curto espaço de tempo. Por exemplo, no ano passado o navegador da web Brave levantou US$35 milhões em menos de 30 segundos de sua ICO.

Assia explicou ainda que a blockchain parece ser tão transformadora quanto a internet.

“A Tesla fez 2.000%; Facebook, 1.000%; o Google, 1.000%. É a mesma coisa, mas no início do ciclo”, disse.

Depois de apresentar iPods, iBook e melhorar os Macs de 2001 a 2005, as ações da Apple começaram a ganhar valor gradualmente. Assia afirmou que atualmente investir em criptomoedas é uma decisão que as pessoas precisam tomar por conta própria.

“Minha visão de longo prazo é a seguinte: vender criptomoedas agora é como vender a Apple em 2001”, disse Assia, “Se você precisa vender, venda. Mas se não precisar, então não o faça.”

Visão de longo prazo

Assia concluiu apontando que uma vez que alguém aprende sobre a tecnologia blockchain, há um entusiasmo geral para que outras pessoas a utilizem. Justamente por isso, a tecnologia fornece transparência e descentralização, que quando são implementados em setores como a área de saúde, engenharia e sistemas eleitorais, pode resolver muitos problemas. Isso mostra que, mesmo que a grande maioria das empresas criadas hoje não esteja de pé daqui a 10 anos, as empresas e moedas que sobreviverem poderão entregar um enorme valor para os seus detentores.

Os defensores da blockchain estão trabalhando dia e noite para melhorar a tecnologia e transformar essas ideias em realidade em algum lugar no futuro próximo. Até lá, temos que esperar e ver quais empresas e moedas valerão o investimento.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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