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CBDC: BIS testa com sucesso pagamentos transfronteiriços com moedas digitais

As moedas digitais de banco central (CBDC, na sigla em inglês) estão no foco do Banco de Compensações Internacionais (BIS). A organização internacional responsável pela supervisão bancária e por unir bancos centrais de diversos países informou que testou com sucesso um sistema de pagamentos transfronteiriços com CBDCs.

O teste fez parte do Projeto Icebreaker realizado em parceria com bancos centrais de Israel, Noruega e Suécia. O objetivo do projeto é investigar os possíveis benefícios e desafios do uso de moedas digitais do banco central de varejo em pagamentos internacionais.

“O Projeto Icebreaker é único em sua proposta. Primeiro, ele permite que os bancos centrais tenham uma autonomia quase total na criação de uma CBDC de varejo doméstico. Em seguida, fornece um modelo para que a mesma CBDC seja usada para pagamentos internacionais”, disse Cecilia Skingsley, diretora do Centro de Inovação do BIS.

BIS testa pagamentos entre países com CBDC

Na prática, o projeto testou a viabilidade técnica da realização de transações transfronteiriças e entre moedas entre diferentes sistemas de CBDCs de varejo. De acordo com o relatório do BIS, divulgado nesta segunda-feira (6), o Projeto explorou uma forma específica de interligar os sistemas domésticos por meio da solução “hub-and-spoke”.

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Conforme informou o BIS, uma transação internacional se divide em dois pagamentos domésticos, facilitados por um provedor de câmbio ativo em ambos os sistemas. Dessa forma, as CBDCs de varejo não precisarão sair de seus próprios sistemas.

Ainda segundo o relatório, na maioria dos sistemas de transações financeiras entre bancos de diferentes países, o pagador não pode escolher a taxa de câmbio. Isso porque ele não tem controle sobre quem é o provedor que faz a conversão da moeda.

No entanto, no modelo do projeto Icebreaker, os provedores de câmbio podem enviar as cotações para o sistema. Então, o sistema seleciona de forma automática a opção mais barata para o usuário final.

De acordo com o BIS, isso reduz o risco de falta de liquidez no par de moedas em questão. Ao mesmo tempo, reduz as taxas e agiliza a transação, concluindo as transações entre países em segundos.

Além disso, o sistema se mostrou capaz de reduzir o risco de liquidação e de contraparte usando pagamentos coordenados em CBDCs.

“Para os países que consideram o desenvolvimento de uma CBDC doméstica, o projeto fornece um modelo para estendê-las e serviços inovadores para transações internacionais”, disse o BIS.

Por fim, o “banco dos bancos” observou que o projeto pressupõe requisitos técnicos mínimos para poder integrar os sistemas nacionais que funcionem em diferentes tecnologias, promovendo assim escalabilidade, interoperabilidade e simplicidade.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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