Economia

CBDC: 42% dos investidores institucionais apoiam moedas digitais nacionais

De acordo com um relatório da Fidelity Digital Assets, uma subsidiária da Fidelity Investments dedicada a soluções de investimento em criptomoedas, 42% dos investidores institucionais pesquisados apoiam a implementação de uma CBDC (Moeda Digital de Banco Central) em seus países.

O estudo analisou uma amostra de 1.100 investidores institucionais dos Estados Unidos, Europa e Ásia, incluindo fundos de pensão, consultores financeiros e fundos de hedge. Comparado aos dados coletados em 2021, o interesse geral em CBDCs cresceu 2% entre as empresas pesquisadas. Este é um aumento impulsionado pelos EUA e pela Europa. Enquanto isso, na Ásia o apoio a esse tipo de instrumento diminuiu.

O relatório da Fidelity Digital Assets destaca que os investidores institucionais veem a CBDC como uma oportunidade para melhorar a eficiência e inclusão financeira no sistema monetário.

CBDC

Além disso, os resultados indicam que os respondentes têm uma atitude positiva em relação às criptomoedas em geral, com 52% deles investindo ou planejando investir nesse tipo de ativo nos próximos cinco anos. O apoio dos investidores institucionais pode acelerar o processo de implementação de CBDC em países que já estudam essa possibilidade, como EUA e Turquia, e em outros onde a iniciativa está menos avançada.

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Entretanto, há riscos ocultos por trás das moedas digitais emitidas pelos bancos centrais. O auditor público do Tribunal de Contas da França, Yorick de Mombynes, enfatizou durante a Semana Blockchain de Paris em março deste ano que as CBDCs visam conceder controle total do dinheiro aos governos, afetando a economia e a privacidade dos cidadãos.

Mombynes prevê que o dinheiro físico desaparecerá e até mesmo será proibido. Por outro lado, a assessora de política internacional, Diane Maurice, acredita ser improvável um cenário sem dinheiro físico, devido à “sensação de controle” que oferece a quem o possui.

As CBDCs podem simplificar o gerenciamento de dinheiro em certos contextos, como em economias dominadas pela hiperinflação, por exemplo, onde o papel-moeda costuma ser mais caro do que o valor das notas. Além disso, essas moedas facilitam as coisas para governos que acreditam que emitir mais moedas é a solução para seus problemas financeiros.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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