Economia

CBDC: 24 bancos centrais devem lançar moedas digitais até 2030

Um estudo do Banco de Compensações Internacionais (BIS), publicado nesta segunda-feira (10), revelou que até 2030 deve haver 15 moedas digitais de banco central (CBDCs) de varejo em circulação em todo o mundo e 9 outras CBDCs de atacado, totalizando 24 moedas digitais nacionais. No estudo, o BIS pesquisou 86 bancos centrais e descobriu que 93% deles já estão trabalhando em (CBDCs).

O BIS é uma organização internacional responsável pela supervisão bancária global que reúne 63 bancos centrais. Em termos percentuais, isso representa cerca de 95% da economia mundial. O BIS realizou essa pesquisa entre outubro e dezembro de 2022 e perguntou aos bancos centrais se eles estavam trabalhando em uma CBDC de varejo, de atacado ou ambos os tipos. Além disso, questionou quão avançado estão os trabalhos e suas motivações.

CBDC de varejo é uma moeda digital para uso geral por indivíduos e empresas, facilitando transações diárias de baixo valor. Enquanto isso, a CBDC de atacado tem foco em instituições financeiras e entidades autorizadas. Essas moedas são usadas para a liquidação de grandes transações entre essas instituições e para melhorar os processos de compensação e liquidação no sistema financeiro.

O BIS destacou que grandes jurisdições como Índia, Reino Unido e União Europeia estão explorando seriamente a emissão de uma versão digital de suas moedas fiduciárias. O Brasil também está avançando com seu projeto do Real Digital, que deve chegar ao mercado, de fato, no fim de 2024.

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CBDCs no mundo

O BIS observou que o trabalho global sobre CBDCs progrediu desde o ano passado e as ações em economias emergentes é ainda mais intensa. Afinal, nesses países, espera-se que as moedas digitais ajudem a inserir os desbancarizados nos sistemas digitais de pagamentos.

O estudo também ponderou que as versões digitais das moedas não devem substituir os meios de pagamentos atuais. Em vez disso, devem atuar como uma opção adicional:

“Se emitidas, pode-se esperar que as CBDCs de varejo complementem e coexistam com outros métodos de pagamento domésticos”, disse o BIS.

De acordo com o estudo, até o momento, as stablecoins e outras criptomoedas raramente são usadas ​​para pagamentos fora do ecossistema cripto, com remessas transfronteiriças e compras de consumidores.

Em comparação com o estudo do ano passado, a parcela de bancos centrais que provavelmente emitirá uma CBDC de varejo nos próximos três anos aumentou de 15% para 18%. Países como Bahamas, Caribe Oriental, Jamaica e Nigéria já lançaram suas CBDCs de varejo, ou seja, moedas com foco nos cidadãos. Enquanto isso, a China segue testando o piloto do seu yuan digital.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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