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Carteira quer ser segura o suficiente para armazenar US$1 trilhão em criptoativos

Segundo dados da ferramenta CoinMarketCap, atualmente (até o fechamento deste artigo), o mercado de criptomoedas soma cerca de US$224 bilhões, no entanto, este número parece “pequeno” para as ambições da BitGo, um respeitado serviço de armazenamento de criptomoedas fundado em 2013 por Mike Belshe e Ben Davenport, que inclusive oferece um serviço de carteira de Bitcoin multi-assinatura, na qual as chaves são divididas entre vários proprietários para gerenciar os riscos.

As intenções da BitGo foram anunciadas através de uma palestra do CEO da empresa Mike Belshe na universidade de Santanford, intitulada “Protegendo a Carteira de Trilhão de Dólares”.

“Agora estamos realmente pensando, o que é preciso para garantir um trilhão de dólares? Pode ser um pouco distante, mas temos que começar a pensar nisso agora, temos que começar a projetar agora para chegar lá”, disse Belshe à CoinDesk.

Belshe é otimista quando o assunto é o cenário de longo prazo das criptomoedas. Ele acredita que à medida em que novos atores institucionais começam a entrar no ecossistema dos ativos digitais por meio de investimentos pesados com fundos de pensão e grandes fundos de investimentos, além da crescente adoção/integração do mercado das criptomoedas no cotidiano, o preço dos criptoativos devem apresentar uma enorme valorização e, com isso, também a necessidade de armazenamento cada vez mais seguro.
Atualmente, a BitGo lida com cerca de US$15 bilhões de criptomoedas e tem como principal concorrente a carteira de hardware Ledger, o tradicional banco norte-americano Northern Trust e a startup de blockchain itBit. Mas Belshe vê a inevitável evolução em direção aos ativos digitais como uma onda crescente que beneficiará a todos na indústria.

No entanto, para se diferenciar de seus concorrentes, Belshe tem buscado obter certificação de terceiros para qualificar as políticas e procedimentos, ou SOCs (controles de sistema e organização) da empresa, que, recentenmente, conseguiu certificações SOC I e II com as auditorias realizadas pela Deloitte.

“Você pode ter o software mais seguro do mundo e o hardware mais seguro. Mas dentro da sua empresa qual é a política para manter as coisas seguras? O que acontece se o seu data center cair?” ele disse. “Temos políticas, procedimentos e planos para tudo isso, que foram testados e estão em vigor.”

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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