Carteira de criptomoedas do Facebook está pronta para lançamento, diz executivo

O executivo do Facebook David Marcus, responsável pelo projeto de moeda digital da rede social Diem, anunciou que a carteira digital Novi está pronta para lançamento.

Em uma publicação no Medium na quarta-feira (18), o chefe da divisão de serviços financeiros do Facebook afirmou que a carteira digital da stablecoin Diem (antiga Libra) está regulamentada: 

“Novi está pronta para entrar no mercado. Está regulamentada e estamos confiantes em nossa capacidade operacional de exceder os altos padrões de conformidade que serão exigidos de nós.”

O executivo disse também que o Facebook não acha razoável atrasar a entrega dos benefícios de pagamentos digitais mais baratos, interoperáveis ​​e acessíveis.

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Além disso, declarou que Novi pode desempenhar um papel fundamental na transformação do sistema global de pagamentos, que é muito lento e caro. 

“Continuaremos a perseverar e demonstrar que podemos ser um player confiável neste setor – e que está trazendo mudanças positivas por estar nele”, completou.

Carteira digital Novi

O extenso texto publicado pelo executivo abordou, principalmente, os sistemas de pagamentos digitais e seu potencial transformador. Por outro lado, Marcus apontou as principais deficiências do sistema financeiro tradicional.

Especificamente sobre Novi, que está há dois anos em desenvolvimento, o executivo destacou que a carteira será interoperável. Assim, pessoas, e eventualmente pequenas empresas, poderão movimentar dinheiro nacional e internacionalmente de forma rápida e acessível.

Sobre o fato de Novi suportar criptomoedas estáveis, as stablecoins, em vez de apenas moedas fiduciárias, o executivo explicou:

“Se apenas oferecêssemos dinheiro fiduciário em Novi, isso agregaria muito valor às pessoas. Poderíamos oferecer pagamentos domésticos e internacionais, e isso beneficiaria o Facebook. (…) Mas antes de fazermos isso, acredito firmemente que se alguma vez houve uma chance de criar um protocolo aberto e interoperável para dinheiro na Internet e realmente mudar o jogo para pessoas e empresas em todo o mundo, essa é agora.”

Contudo, Marcus apontou que as stablecoins por si só não resolvem todo problema do setor de apagamentos.

Isso porque elas precisam estar combinadas a uma rede de pagamentos subjacente mais barata, rápida, segura, interoperável e programável.

Steblecoins no combate à lavagem de dinheiro

O executivo destacou também que as stablecoins podem ajudar no combate à lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e sanções e cumprimento de impostos:

“Stablecoins bem projetadas e seu ecossistema de carteiras têm o potencial de melhorar a implementação tradicional desses controles. É um equívoco pensar que os ativos digitais são, por definição, anônimos. Construídas e configuradas da maneira certa, stablecoins e carteiras colocam a devida diligência do cliente no centro de sua abordagem de conformidade.”

Em seguida, Marcus voltou a falar sobre o projeto da Diem e da carteira Novi. Segundo ele, a associação se engajou no compromisso de lançar a wallet com todas as aprovações regulatórias necessárias. 

Após consultar reguladores, formuladores de políticas e especialistas, a empresa conseguiu obter licenças para Novi em quase todos os EUA.

Da mesma forma, a empresa disse que não lançará Novi em lugares onde não tenham recebido as autorizações. 

Facebook quer “chance justa”

Sobre as desconfianças em torno do Facebook, Marcus destacou que a empresa merece “uma chance justa”.

Em primeiro lugar porque já é um ator na indústria de pagamentos desde 2009. Em segundo lugar, devido às suas contribuições para o setor de comunicação global, com o WhatsApp e o Messenger.

“Portanto, acredito que merecemos uma chance justa. Podemos e devemos desempenhar um papel fundamental na melhoria do estado de coisas inaceitável que persiste para muitas pessoas. E o jeito americano de fazer isso é permitir mais competição e inovação para quebrar o impasse de décadas de estagnação.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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