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Carteira com R$ 3,6 bilhões em Bitcoin é “tesouro” na mira de hackers

1HQ3Go3ggs8pFnXuHVHRytPCq5fGG8Hbhx. Este é o sétimo maior endereço de Bitcoin em valor armazenado, com 69,370 Bitcoins (R$ 3,6 bilhões).

Atualmente, ele tem sido um alvo bastante visado por hackers, que tentam quebrar sua segurança por pelo menos um ano.

Trata-se de um verdadeiro baú do tesouro moderno. A busca é tão grande que já virou até matéria da popular revista Vice.

Segundo a matéria, hackers estão compartilhando um arquivo pela Internet que supostamente contém as chaves privadas da carteira e, portanto, acesso aos Bitcoins.

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Entretanto, existe uma pequena dificuldade: essa carteira é fortemente protegida.

Senha única mantém hackers afastados

Existe um motivo para elogiar a segurança do endereço. A carteira é protegida com uma senha extremamente longa e única. Além disso, o arquivo da carteira também possui uma forte proteção.

O endereço possui um arquivo wallet.dat – um tipo de arquivo que armazena os dados. Segundo a Vice, ele é criptografado usando dois algoritmos de processamento muito lento.

Uma combinação desses dois fatores torna a senha da carteira bastante difícil de adivinhar, mesmo que se use técnicas de força bruta para tentar descobri-la.

Mesmo com a dificuldade, os hackers não desistiram.

Alon Gal, diretor de tecnologia da empresa de inteligência de crimes cibernéticos Hudson Rock, publicou no Twitter que a carteira foi exposta no fórum de hackers RaidForums.

“Veja só – há uma carteira de Bitcoins com 69.000 Bitcoins (US$ 693.207.618) que está sendo repassada entre hackers/crackers nos últimos 2 anos com o propósito de quebrar a senha, sem sucesso até agora”, disse Gal.

Ele também observou que alguns hackers desistiram totalmente da pesquisa. Em vez disso, eles tentaram vender o arquivo .dat, mesmo sem obter a senha.

“As carteiras tendem a ser protegidas por senhas fortes. No caso de um cibercriminoso conseguir obter uma carteira e não conseguir quebrar a senha, ele pode vendê-la para crackers oportunistas que são indivíduos com grande capacidade de GPU”, disse Gal.

Um golpe engenhoso

O suposto arquivo da carteira bilionária ganhou fama. Porém, mesmo que alguém consiga a senha, não há garantias de que ele realmente contenha os R$ 3,6 bilhões em Bitcoin.

Este foi o alerta feito por “Dave Bitcoin”, um agente pseudônimo. Dave administra os Serviços de Recuperação de Carteira, um serviço online que cobra para desbloquear carteiras com senhas perdidas.

“É possível manipular um arquivo Bitcoin wallet.dat para fazer parecer que ele contém um saldo alto”, disse Dave.

Ele acrescentou que alguém poderia simplesmente ter modificado as chaves públicas de uma carteira Bitcoin usando software de edição e associado o endereço a outra carteira.

Outro que alertou para uma possível fraude foi Roman Potemkin, fundador da carteira Trasta.

“Existe a possibilidade de falsificação de saldos de carteira. Normalmente, como prova de fundos, o comprador faz com que o vendedor verifique se ele realmente possui as moedas usando um carimbo de data e hora no blockchain. No entanto, isso pode não funcionar neste caso, pois a chave privada em si é desconhecida”, afirmou.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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