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Carteira “a prova de hacker” de John McAfee é invadida

Há muito tempo, John McAfee deixou de ser o mago da segurança digital e passou a ser conhecido também como uma figura excêntrico do universo tecnológico, expandindo suas “peripécias” ao ecossistema das criptomoedas. Como tem mostrado o Criptomoedas Fácil, o bilionário tornou-se uma espécie de marketeiro mercenário das moedas digitais.

Recentemente, o alvo de McAfee foi serviço de carteira Bitfi. Segundo ele, ela seria tão impossível de ser invadida que o empresário ofereceu US$100 mil para qualquer pessoa que a conseguisse hackear. Pois bem, a carteira foi hackeada pelo grupo de pesquisa de segurança OverSoftNL, conforme uma publicação de sua equipe no Twitter.

A empresa não respondeu imediatamente à OverSoftNL, mas quase 10h depois reconheceu que a carteira havia sido hackeada e, diferente da primeira vez, quando McAfee promoveu a empresa dizendo que a ação não tinha nada a ver com a entrega de prêmios a quem encontrasse falhas de vulnerabilidade e assim ajudar a BitFi a tornar-se mais segura, agora, a empresa quer o auxilio da comunidade para manter os ativos sob sua custódia mais seguros.

“Queridos amigos, estamos anunciando a segunda recompensa para nos ajudar a resolver potenciais pontos fracos de segurança do dispositivo Bitfi. Gostaríamos muito de receber ajuda da comunidade, precisamos de ajuda. Aqui estão as condições de recompensa: https://bitfi.com/bounty2. Obrigado, Daniel Khesin, CEO”, disse a empresa no Twitter.

Entretanto, segundo a OverSoftNL, esta é novamente mais uma ação de marketing puro, indicando que a empresa não irá honrar nem mesmo o primeiro compromisso público que assumiu junto à comunidade, com a OverSoftNL não recebendo nenhuma recompensa conforme prometido. Até o momento, nem McAfee nem a BitFi se pronunciaram sobre este assunto em particular.

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A ação causou uma revolta entre os pesquisadores de segurança e a comunidade de criptomoedas que estão criticando fortemente a BitFi, afirmando, palavras do especialista Ryan Castellicco, que a empresa é “um telefone Android despojado e barato” que ele “aconselharia fortemente nunca ser usada”. Já outro grupo de pesquisadores acusou a Bifi de abrigar aplicativos questionáveis ​​em seu dispositivo, incluindo o mecanismo de busca chinês Baidu e o malware Adups, que, segundo eles, “ligam para casa” regularmente, em uma referência de que os dispositivos da Bitfi monitoram os usuários.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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