Mercado

Campanha para substituir mineração do Bitcoin por PoS se volta contra Greenpeace

Mais uma vez, a ONG de proteção ambiental Greenpeace voltou a pedir a mudança na mineração do Bitcoin (BTC). Na quinta-feira (23), a organização voltou a se manifestar no Twitter pedindo a mudança no algoritmo do BTC.

“Alguns ativistas climáticos acham que Bitcoin é apenas dinheiro falso da internet que eles podem ignorar com segurança. A verdade? O Bitcoin está causando quantidades perigosas de poluição no mundo real devido ao seu consumo voraz de combustíveis fósseis, tudo devido ao seu código desatualizado. A solução? #ChangeTheCode”, disse a ONG em seu Twitter.

Junto com a mensagem, o Greenpeace colocou a foto de uma escultura que representa a mineração do BTC. Trata-se de uma caveira ligada a uma mineradora de BTC e com três chaminés, simbolizando a suposta morte e poluição causadas pela atividade.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

A campanha repercutiu bastante no Twitter entre a comunidade pró-Bitcoin. No entanto, poucos se mostraram preocupados com o aceno negativo da ONG. A maioria fez pouco caso, enquanto muitos chegaram a elogiar a escultura como um novo “símbolo” do BTC.

Ato do Greenpeace repercute

O Greenpeace criou a escultura em parceria com o artista e ativista Benjamin Von Wong, que criou a obra. Intitulada “Caveira de Satoshi”, a caveira possui 3,3 metros de altura e traz o logotipo do Bitcoin e olhos de laser vermelho.

As “chaminés” ficam no topo do crânio, que é feito de lixo eletrônico reciclado, supostamente para representar o “combustível fóssil e a poluição do carvão” causada pela mineração de Bitcoin e os “milhões de computadores” usados para validar transações de rede.

A escultura faz parte da campanha “Change the Code, Not the Climate”, que visa converter o mecanismo de consenso do BTC em um modelo de Prova de Participação (PoS).

De acordo com o Greenpeace, a mineração atual do BTC baseada em Prova de Trabalho (PoW) gera excesso de consumo de energia e poluição. Logo, o método constitui em um grande poluidor do meio-ambiente, acusação que vários estudos já refutaram.

O objetivo é pressionar os desenvolvedores de Bitcoin, mineradores e o governo, e afirma que 30 entidades “chave” poderiam retirar o Bitcoin da prova de trabalho se concordassem com a mudança.

Usuários aprovam design

Todavia, os esforços de marketing do Greenpeace para manchar a imagem do BTC não tiveram sucesso. Pelo contrário, a comunidade aprovou obra de arte, e alguns já adotam a caveira como mascote.

Will Foxley, diretor de estratégia de mídia da mineradora Compass Mining, chamou a obra de arte de “braba”. Em seguida, o executivo colocou a Caveira de Satoshi como sua foto de perfil no Twitter.

Já Nic Carter, co-fundador da Coin Metrics, que essa é a “obra de arte sobre Bitcoin mais heavy metal criada até hoje. .

Outros usuários resolveram citar uma suposta hipocrisia do Greenpeace. Por exemplo, muitos citaram que as chaminés da caveira se assemelham torres de resfriamento nuclear emitindo vapor. A energia nuclear é uma das fontes mais limpas e eficientes de energia.

No entanto, o próprio Greenpeace é contra o uso da energia nuclear por motivos muitos similares ao que utilizam para o BTC. Mas em ambos os casos, as atividades utilizam um grande potencial de energia limpa – as usinas nucleares utilizam somente água em suas atividades.

Embora a imagem tenha ganho as manchetes nesta sexta-feira (24), a campanha do Greenpeace remete ao ano passado. A ONG lançou a proposta de mudança da mineração do BTC lançada há cerca de um ano ao lado de outros grupos climáticos e do cofundador da Ripple, Chris Larsen.

O objetivo é pressionar os desenvolvedores de Bitcoin, mineradores e o governo, e afirma que 30 entidades “chave” poderiam retirar o Bitcoin da prova de trabalho se concordassem com a mudança. Contudo, é improvável que a rede decida mudar o algoritmo.

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.