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BRICS considera criptomoeda para facilitar o comércio e reduzir a dependência ao dólar

O BRICS, grupo composto por países que possuem as principais economias emergentes, que inclui o Brasil, discutiu o desenvolvimento de uma criptomoeda para facilitar o comércio no bloco e reduzir sua dependência ao dólar dos EUA, conforme mostra o artigo da Coindesk.

A possibilidade foi levantada pelo conselho empresarial do BRICS em uma reunião no Brasil, nesta quinta-feira, 15 de novembro, em meio a conversações sobre o desenvolvimento de um novo sistema de pagamentos entre seus cinco países membros. Formado em 2006, o BRICS tem como objetivo impulsionar a cooperação econômica e política entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Kirill Dmitriev, diretor geral do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF) – a entidade que parece pronta para construir o sistema – disse a repórteres após o evento que o fórum ponderou uma única criptomoeda para acordos entre membros. A decisão de avançar com essa parte do plano ainda não foi tomada.

Nikita Kulikov, membro do conselho de especialistas da Duma do Estado russo e fundadora da Organização Autônoma sem fins lucrativos PravoRobotov, disse que, em vez de ser uma forma digital de dinheiro, a criptomoeda do BRICS provavelmente seria usada para facilitar transações comerciais.

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“Provavelmente, será como certas obrigações que podem ser transferidas de uma entidade legal para outra para confirmar que o destinatário terá direitos de reivindicação e o contratado terá obrigações por um valor específico. Não será dinheiro, podemos dizer que será um fluxo de documentos sem papel para facilitar as transações”, afirmou.

Se esse for o caso, o projeto parece mais com plataformas de blockchain de financiamento comercial, como Marco Polo, que recentemente começou a trabalhar com empresas russas. De fato, o caso de uso da blockchain, ou da tecnologia de contabilidade distribuída, é visto como brilhante no mundo das finanças comerciais, com vários esforços em andamento.

Essas plataformas reduzem as resmas tradicionais de papelada preparada e distribuída manualmente, permitindo uma visão em tempo real do acordo e do status de uma negociação para todos os participantes. Eles também podem ter uma liquidação automatizada, alimentada por contratos inteligentes, incorporada para cumprir as obrigações comerciais quando certas condições são atendidas.

O novo sistema de pagamentos, que usaria as moedas nacionais dos membros, parece em parte ter como objetivo reduzir a dependência das nações do BRICS em relação ao dólar norte-americano e, talvez, aumentar o papel do rublo russo no comércio. Dmitriev disse que o BRICS já reduziu seu uso de USD em acordos nos últimos cinco anos de 92% para 50%, enquanto as transações baseadas em rublos aumentaram de 3% para 14%.

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Amanda Bastiani

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