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Brasileiro é denunciado por fraude milionária em esquema de criptomoedas nos EUA

Um brasileiro foi denunciado pelo Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos na última quinta-feira (5) por supostamente orquestrar um esquema global de fraude de investimento envolvendo criptomoedas.

Ele teria movimentado cerca de US$ 62 milhões com o esquema. Ou seja, aproximadamente R$ 314 milhões na cotação atual.

De acordo com um comunicado do DOJ, Luiz Capuci Júnior, de 44 anos, estaria por trás de uma fraude que consistia na venda de pacotes de mineração de criptomoedas.

Mining Capital Coin (MCC)

Capuci é o CEO e fundador da Mining Capital Coin (MCC). A empresa se apresentava como uma plataforma de mineração e investimento em criptomoedas. Mas, segundo as investigações, a MCC teria lesado milhares de pessoas prometendo altos retornos com mineração de criptomoedas.

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“As fraudes baseadas em criptomoedas prejudicam os mercados financeiros em todo o mundo. Afinal, os maus atores enganam os investidores e limitam a capacidade de empreendedores legítimos de inovar neste espaço emergente”, disse o procurador-geral assistente Kenneth A. Polite Jr.

O procurador disse ainda que o departamento está comprometido em seguir o dinheiro – seja físico ou digital – para expor esquemas criminosos, responsabilizar fraudadores e proteger investidores.

Esquema com venda de “pacotes de mineração”

Conforme destacou a acusação, Capuci Jr. enganou os investidores com a venda de “Pacotes de Mineração” que seriam capazes de gerar lucros substanciais e retornos garantidos usando o dinheiro dos investidores para minerar novas criptomoedas.

Além disso, ele teria criado uma criptomoeda própria da MCC. O token Capital Coin funcionaria sob o controle de uma suposta organização autônoma descentralizada (DAO).

Contudo, segundo a acusação, Capuci não usou os fundos dos investidores para minerar novas criptomoedas. Em vez disso, desviou os fundos para carteiras de criptomoedas controladas por ele.

A acusação alega ainda que Capuci divulgou e comercializou de forma fraudulenta os robôs traders da MC, que gerariam retornos diários para os investidores.

Capuci teria dito aos investidores que a MCC se juntou aos “principais desenvolvedores de software da Ásia, Rússia e EUA para criar uma versão aprimorada do Trading Bot[s] que [foram] testados com novas tecnologias nunca vistas antes”.

O brasileiro também é acusado de recrutar afiliados para promover a MCC por meio de um esquema de pirâmide financeira.

Para atrair afiliados, prometia diversos presentes como, por exemplo, relógios, iPads e veículos de luxo como Lamborghini, Porsche e Ferrari.

Ainda, o acusado teria lavado os lucros das fraudes por meio de várias exchanges de criptomoedas. Agora, ele é acusado de conspiração para cometer fraude eletrônica, fraude de valores mobiliários e lavagem de dinheiro internacional. Se condenado por todas as acusações, pode enfrentar uma pena total máxima de 45 anos de prisão.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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