Brasil sofre mais de 16,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no 1º semestre de 2021

Continua em crescimento o número de tentativas de ataques cibernéticos no primeiro semestre deste ano, segundo a Fortinet, empresa especializada em segurança cibernética.

De acordo com os dados levantados pelo FortiGuard Labs, laboratório de inteligência de ameaças da empresa, apenas no Brasil foram mais de 16,2 bilhões tentativas de ataques cibernéticos entre janeiro e junho deste ano.

A América Latina, no geral, segue a mesma tendência de alta. A região registrou 91 bilhões de tentativas de ataques no primeiro semestre, com México ocupando a primeira posição (60,8 bilhões). Em seguida vem Brasil (16,2 bilhões), Peru (4,7 bilhões) e Colômbia (3,7 bilhões).

“A expansão da superfície de ataque que os modelos híbridos de trabalho e de ensino proporcionam continuam sendo uma grande oportunidade para os criminosos. É por isso que vemos um crescente número de ataques a dispositivos de IoT e a recursos vulneráveis utilizados em reuniões e aulas, como câmeras e microfones”, explica Alexandre Bonatti, diretor de Engenharia da Fortinet Brasil.

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Além disso, Bonatti destacou ainda que os números são preocupantes não apenas pela quantidade, mas também pela consequência. Como exemplo, citou crimes de ransomware, que se destacam pelo prejuízo financeiro e pelo dano à imagem das empresas.

Ransomware

Ainda segundo a empresa, a atividade média semanal de ransomware em junho foi 10 vezes maior que no ano anterior. De acordo com os analistas, isso demonstra um aumento consistente ao longo do período.

Geralmente, neste tipo de ataque, os hackers criptografam os dados da empresa. Depois, exigem um resgate em Bitcoin ou outras criptomoedas para liberar os arquivos.

Segundo a empresa, globalmente, as organizações do setor de telecomunicações foram as mais visadas. Logo depois vieram os governo e setores automotivo e de manufatura.

Ainda assim, os dados mostram que ransomwares continuam sendo um perigo claro para todos os tipos de organizações. Ou seja, independentemente do setor ou do tamanho da companhia.

A Fortinet apontou também que houve uma evolução no modelo utilizado pelos atacantes, com o crescimento do Ransomware-as-a-Service (RaaS). Neste caso, os cibercriminosos se concentram na obtenção e venda de acesso inicial a redes corporativas.

“Para lidar com esse problema, as organizações precisam adotar uma abordagem proativa. Isso inclui proteção de endpoint, redes e nuvem em tempo real, detecção e respostas de ameaças automatizadas com inteligência artificial e uma abordagem de Zero Trust Access, especialmente para dispositivos IoT”, orienta Bonatti.

O relatório completo sobre as tentativas de ataque cibernético no Brasil e na América Latina pode ser acessado aqui.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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