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Brasil precisa adotar a blockchain para reduzir burocracia, diz presidente do conselho da Câmara de Comércio Internacional

As possibilidades da blockchain estão atraindo a atenção de inúmeras empresas e organizações, que têm buscado na tecnologia soluções para reduzir custos administrativos e modernizar suas atividades. Atento a este cenário, em artigo escrito ao Valor Econômico, Daniel Feffer, presidente do conselho do ICC (Câmara de Comércio Internacional) do Brasil, salienta a necessidade de incentivar o comércio intercontinental brasileiro por meio da modernização das aduanas brasiileiras para eliminar a burocracia e, nesta empreitada, a blockchain é fundamental, segundo Feffer.

“É preciso também modernizar as aduanas e implementar com vigor o Acordo de Facilitação de Comércio (concluído na OMC e de que o Brasil faz parte), utilizando tecnologias como a blockchain para eliminar a burocracia que tanto onera as empresas e empreendedores”, salientou.

Feffer argumenta que a modernização dos processos aduaneiros por meio da blockchain é importante para aumentar a participação do Brasil no comércio global, atualmente, o tema econômico mais urgente no país, segundo ele.

“Com apenas 1% de todas as trocas internacionais, o país exerce papel coadjuvante no comércio mundial. Baixa produtividade e pequena capacidade de competir resultam de tal isolamento. Inserir-se na economia global é precondição à verdadeira competitividade”, salienta.

Além da blockchain, Feffer, salienta que “ao longo de toda nossa história, raramente tivemos mais do que 25% do PIB resultante da soma de importações e exportações. Na média, os países integrantes da OCDE têm 55% de seus PIBs associados ao comércio exterior”, e portanto é preciso ampliar a participação do Brasil em acordos comerciais, promover o salto da indústria brasileira para o modelo 4.0, que interagem não apenas com a cadeia de blocos, mas com inteligência artificial e novas tecnologias e abraçar a revolução do comércio eletrônico.

“Contudo, uma política completa exige enfrentamento de gargalos. São todos conhecidos: infraestrutura pobre, baixa taxa de investimento, sistema tributário confuso e punitivo. alto custo de capital, barreiras não-tributárias e invisíveis para empresas não-especializadas”, afirma.

A proposta de Feffer para o uso da blockchain com a finalidade de gerenciar processos de grande burocracia, como transações em aduanas, além do monitoramento e gerenciamento da cadeia de suprimentos não é algo novo e países como Finlândia, Reino Unido e Estados Unidos já vêm estudando o processo e grandes empresas como Maersk Group vêm adotando soluções em blockchain.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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