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Brasil mira novas tecnologias e lança Câmara Brasileira da Indústria 4.0

De olho na indústria 4.0, que deve ganhar um novo impulso com a implantação do 5G e que deve usar blockchain como uma espécie de espinha dorsal para permitir contratos inteligentes máquina-a-máquina e automatização de processos, o Brasil lançou, nesta terça-feira, 02 de abril a Câmara Brasileira da Indústria 4.0.

O projeto é uma união dos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Economia (ME) e será formado por mais de 30 entidades representativas do governo, empresas e acadêmicos. O colegiado será uma instância de governança para integrar iniciativas em vigor ou que poderão ser desenvolvidas no país.

O conceito de indústria 4.0, também conhecido como manufatura avançada ou quarta revolução industrial, engloba inovações no campo da automação e utiliza tecnologias como a Internet das Coisas e a computação em nuvem. A Câmara Brasileira da Indústria 4.0 terá quatro grupos de trabalho focados em apresentar soluções nos eixos: Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Capital Humano, Cadeias Produtivas e Desenvolvimento de Fornecedores e Regulação, Normalização Técnica e Infraestrutura.

Segundo Paulo Alvim, secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, os processos de produção, em todo o mundo, precisam se inserir na economia digital, para tornarem-se cada vez mais eficientes, autônomos e sustentáveis.

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“Como qualquer revolução, todas essas mudanças trazem ameaças e oportunidades aos países. Nós estamos trabalhando para permitir que o setor produtivo brasileiro esteja preparado para enfrentar as ameaças e aproveitar as oportunidades, colhendo os melhores frutos, com ganhos para a população do país.”

Os estudos para a criação da Câmara Brasileira da Indústria 4.0 começaram em 2015. Desde então, o MCTIC e o extinto Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, hoje integrado ao ME, têm promovido workshops e dialogado com vários atores do mercado, o que produziu diretrizes para o “Plano de CT&I para Manufatura Avançada no Brasil – ProFuturo” e a “Agenda Brasileira para a Indústria 4.0”, com diagnósticos e recomendações para promover a manufatura avançada no Brasil.

Falando ao CriptoFácil sobre o potencial da junção da indústria 4.0 e da blockchain, José Ricardo Roriz, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), destacou:

“A Indústria 4.0 está baseada em uma descentralização do controle dos processos e na utilização de dispositivos inteligentes integrados à cadeia produtiva e é uma discussão recente no Brasil. O blockchain poderá garantir segurança e rastreabilidade, imputando um histórico confiável de transações, permitindo a validação de informações precisas sobre produtos, sua origem, dados do fabricante, validade e principais características.”

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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