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Brasil ganhará o primeiro Index Fund lastreado em criptomoedas da América Latina

O multi-empresário do universo das criptomoedas Rocelo Lopes, CEO da Stratum Blockchain Tech, anunciou, com exclusividade ao Criptomoedas Fácil, que lançará em dezembro, durante a Labitconf, evento que acontecerá de 05 a 08 de dezembro no Chile, o primeiro Index Fund lastreado em criptomoedas da América Latina. A expectativa de Lopes é que essa espécie de cesta de investimento em criptoativos já esteja disponível aos investidores logo após o anúncio oficial no evento.

Um Index Fund é um fundo lastreado em um portfólio de ativos que fica sob gestão do operador do fundo, permitindo que os investidores tenham exposição à uma ampla classe de ativos sem precisar se preocupar com a gestão e armazenamento destes ativos, reduzindo desta forma despesas operacionais.

Para viabilizar sua proposta, Lopes lançará um token chamado BLU, que terá uma plataforma exclusiva construída para ele, a StratumBlue, funcionando “à parte” da Stratum Blockchain Tech, com direção e normas próprias. O token poderá ser comprado, inicialmente, na própria Stratum Blue (com Bitcoin, Ethereum ou cartão de crédito), em plataformas do grupo como Stratum e BKTC, com outras criptomoedas, e também na Cointrade.

“Por meio do BLU, o usuário também poderá executar outras funções, como disponibilizar créditos na Atar Band, pagar boletos bancários, contas de consumo como água, luz, Netflix, telefone; comprar outras criptomoedas e até mesmo fazer recargas para o Uber. Construímos um token para ser não apenas um ativo atrelado à uma cesta de investimentos, mas para ter usabilidade, baseada nas moedas em que está lastreado. Com o nosso token, você poderá usar o BLU em qualquer lugar”, declara Lopes.

Lopes destaca que o BLU terá seu valor lastreado 90% nas 10 principais criptomoedas do mercado e os outros 10% para administração de forma “livre”, sendo 5% vinculados a investimentos em tecnologia blockchain e outros 5% em criptomoedas que ofereçam “oportunidades” de negociação interessantes no curto prazo.

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“Por exemplo, no fork que vimos agora no Bitcoin Cash, de repente podemos identificar uma oportunidade interessante relacionado à esta nova proposta ridícula que surgiu da bifurcação e então convertemos parte da posição do fundo para ter exposição ao ativo e com isso aproveitar o momento do mercado. Depois, converter estas posições em outros ativos mais ‘estáveis’ como o BTC por exemplo e assim aumentar a lucratividade do token e, consequentemente, a rentabilidade de nosso investidor”, explica o CEO.

O principal atrativo do token, segundo Lopes, é a própria gestão que ao mesmo tempo que expõe o investidor à uma ampla classe de criptoativos, reduz as possibilidade de desvalorização do token.

“Nós vamos cuidar de toda a gestão do token, incluindo o armazenamento das criptomoedas que integram o lastro, assim o investidor não precisa conhecer o que é Ethereum, o que é Monero, EOS, etc, e nem criar uma carteira para cada criptoativo; nós vamos cuidar de tudo para ele”, salienta o empresário.

Inicialmente, o investidor terá que arcar com duas taxas para entrar no fundo, uma de adesão, estipulada em 1,5% para os investidores iniciais (podendo chegar a 6% para quem entrar após o primeiro trimestre de 2019); e uma taxa de administração, que será de 2,5% ao ano.

Lopes explica, “caso a cesta de criptoativos que compõe o token esteja avaliada em US$100 e você tiver 10 BLU, por meio da StratumBlue, você pode executar sua posição e receber os US$1 mil equivalentes em Bitcoin, Ethereum ou TrueUSD. Lembrando que, como ele é também um ativo com usabilidade, você também vai poder vender ele a qualquer momento em outras plataformas ou recarregar em dispositivos como Atar Band”, finaliza, reforçando que moedas fiduciárias e stablecoins não irão compor o lastro do fundo.

A iniciativa do empresário Rocelo Lopes é a primeira do tipo na América Latina. Pelo mundo, em contrapartida, outras plataformas já lançaram este tipo de ativo, como a Bitwise com o Bitwise 10 Private Index, o primeiro Cripto Index Fund do mundo, que, assim como a proposta de Lopes, é lastreado nas 10 principais criptomoedas do mercado. Porém, Lopes é mais ousado ao dar usabilidade ao token, ao invés de apenas uma alternativa de investimento.

Recentemente a Coinbase que possuía o Coinbase Index Fund, encerrou as atividades de seu fundo e criou o Coinbase Bundle que, ao contrário do fundo de índice, é um pacote aberto a todos os clientes da Coinbase, sem necessidade de credenciamento. O investimento mínimo exigido é de apenas US$25, comparado a US$250 mil do fundo anterior. Para entrar no BLU, o mínimo exigido é de 0,02 BTC.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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