Foto: Pxhere
Um novo fundo de investimento em Bitcoin será lançado no Brasil. O veículo surgiu através de uma parceria do banco norte-americano BNY Mellon e da corretora brasileira XP Investimentos.
O novo fundo se chamará Trend Bitcoin Fundo de Investimento Multimercado. A XP será gestora, enquanto o BNY Mellon administrará o fundo.
Segundo o Cointelegraph Brasil, o fundo ainda está em fase de aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Por isso ele ainda não pode captar investimentos nem ser lançado no mercado.
Ao contrário de outros fundos, o Trend Bitcoin não lidará com a custódia de Bitcoin. Ele funcionará como um “fundo de fundos”, adquirindo cotas de ETFs de criptomedas, como o HASH11 e o QBTC 11.
O fundo também realizará exposição no mercado de renda fixa, bem como poderá utilizar mecanismos de proteção (hedge). Entre eles estão derivativos e contratos futuros, por exemplo.
“O Fundo adotará estratégias compradas com em ativos com o fator de risco principal a variação do preço do Bitcoin, diariamente, razão pela qual ficará exposto, na média, em um patrimônio líquido do Fundo”, diz um comunicado enviado pelas gestoras.
Essa é uma grande diferença entre os fundos aprovados recentemente. Em maior ou menor grau, os fundos do mercado costumam ter pelo menos uma exposição ao Bitcoin e outras criptomoedas.
Apesar de não custodiar criptomoedas, o Trend Bitcoin terá uma taxa de custódia sobre os ativos do fundo. Ela terá um limite de até 0,03% ao ano sobre o patrimônio líquido, com uma remuneração mínima de R$ 490. A taxa será corrigida anualmente pelo IGP-M.
O fundo também terá uma taxa de administração de 0,5% ao ano, cobrada também sobre o patrimônio líquido. Não haverá taxas de entrada, saída e nem taxa de performance.
Os fundos de investimento em Bitcoin estão entre os mais rentáveis do Brasil desde 2020. Mesmo com a pandemia, eles tiveram um forte crescimento em valor captado e na quantidade de fundos em si.
Atualmente existem mais de 15 fundos de investimento em Bitcoin no Brasil. Esses fundos vão desde os de menor risco (com mais participação em renda fixa) até os de maior risco (chegando a estar 100% em criptoativos).
Mesmo a bolsa brasileira já conta com dois fundos em aprovação, os já citados HASH11 e QBTC11. Com eles, qualquer brasileiro poderá adquirir exposição a criptomoedas direto na bolsa.
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