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BNDES financiará filme com stablecoin lastreada em Real

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará parte da produção de um filme nacional usando o BNDES Token, um projeto de stablecoin do Banco lançado no ano passado. Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, o filme será uma produção da Elo Company, produtora responsável pela animação “O menino e o mundo” de Alê Abreu, indicada ao Oscar.

Como mostrou o CriptoFácil, a criação do BNDES Token ocorreu no ano passado e não tem uma quantidade “fixa” de tokens a serem emitidos. Ele foi construído no Ethereum e será emitido à medida em que novos projetos sejam financiados pelo banco nacional, sendo garantido com fundos do próprio BNDES. Os tokens não podem ser “transacionados” no mercado, eles somente são usados para pagar fornecedores dos proponentes do projeto e, estes fornecedores devem fazer a conversão BNDES Token para Real diretamente no BNDES. Após a conversão (e também após a finalização do projeto financiado), os tokens emitidos serão queimados.

A visão do banco sobre a tecnologia blockchain é que ela, por conta de sua transparência e garantia de fidelidade dos dados, é excelente para ser integrada aos processos da administração pública e esse é o conceito principal que orienta a equipe. Desde o ano passado, o BNDES, por meio de seu departamento jurídico, também vem discutindo com o Banco Central e outros reguladores estatais as aplicações do token.

“Em vez de liberar o dinheiro para o cliente, a proposta é que nós liberaremos o token que poderá ser usado para todas as compras previstas no contrato de financiamento”, salientou Gladstone Arantes Jr., gerente de TI e um dos responsáveis pelo projeto do token.

Tanto o executor do projeto quanto os fornecedores precisam vincular um endereço público de sua carteira do token ao cartão CNPJ da empresa. Através deste endereço, o banco disponibilizará o recurso via tokens para o proponente, que fará os pagamentos para os fornecedores.

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“Justamente no momento em que se questionam as prestações de contas e se pede mais transparência, o blockchain vem responder a essa demanda (da sociedade). Com a plataforma blockchain, meu fornecedor faz a prestação de contas em tempo real”, afirma Sabrina Nudeliman, presidente da Elo Company.

Como mostra a reportagem, na prova de conceito, a Elo Company simulou o pagamento de quatro roteiristas na fase inicial do desenvolvimento de um documentário. A produtora entrou na experiência por causa da Ancine. Uma equipe da agência procurou o banco no ano passado, quando soube das experiências com a tecnologia.

“É um Waze do dinheiro público, no qual conseguimos acompanhar para onde vai, onde engargala, qual sua velocidade”, disse Daniel Tonacci, assessor da diretoria da Ancine, comparando o sistema ao aplicativo de navegação.

Leia também: BNDES terá token próprio que promete mais transparência e combate à corrupção

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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