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Bloomberg: executivos de Tether são investigados por fraude bancária

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) está investigando se os executivos da Tether cometeram fraude bancária. Segundo a Bloomberg, os promotores federais estão analisando os primeiros dias da Tether, onde teria havido ocultação de transações bancárias e de informações relevantes.

Mais precisamente, o DOJ apura se os executivos cometeram fraude ao esconder o fato de que as transações da Tether estavam vinculadas à criptomoedas.

Investigação da Tether pode colapsar o mercado?

Conforme veiculado nesta segunda-feira (26), a Bloomberg afirmou que as acusações à emissora da maior stablecoin em volume negociado podem ter amplas implicações no mercado de criptomoedas.

Afinal, a Tether exerce um papel central no ecossistema de criptomoedas. Sua stablecoin USDT é amplamente usada para negociar Bitcoin:

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“As acusações criminais marcariam um dos desenvolvimentos mais significativos na repressão do governo dos EUA às moedas digitais. Isso porque o Tether é de longe a stablecoin mais popular.”

Conforme ressaltou a Bloomberg, a importância da moeda digital estável para o mercado é flagrante. Atualmente, o valor de mercado do USDT, que tem paridade de 1:1 com o dólar, beira os US$ 61,3 bilhões.

De acordo com o relatório, a Tether se pronunciou em nota, afirmando que vai colaborar com as investigações: 

“A Tether rotineiramente mantém um diálogo aberto com as agências de aplicação da lei, incluindo o DOJ, como parte de nosso compromisso com a cooperação e transparência”, disse a empresa em um comunicado.

Procurado pela Bloomberg, o Departamento de Justiça não quis comentar as investigações.

As informações divulgadas pela Bloomberg vieram de três fontes ocultas com conhecimento do caso. As fontes disseram que, nos últimos meses, os executivos receberam cartas dos promotores informando sobre a investigação.

A polêmica em torno da Tether

A notícia sobre a suposta investigação surge meses depois da divulgação do suposto lastro do USDT.

Conforme noticiou o CriptoFácil, menos de 3% do lastro do USDT é em dinheiro. Após a divulgação do relatório, inédito desde o lançamento do USDT em 2014, a empresa recebeu inúmeras críticas. Isso porque, anteriormente, a Tether garantia que as reservas eram 100% garantidas por dinheiro.

Com base nisso, o Departamento do Tesouro dos EUA e a  (Fed) externaram preocupações com a stablecoin.

Acredita-se que a moeda digital estável poderia ameaçar a estabilidade financeira. Além disso, as agências alegam que Tether poderia estar contribuindo para obscurecer transações vinculadas à lavagem de dinheiro.

Na semana passada, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que os reguladores devem “agir rapidamente” para considerar novas regras para stablecoins.

No momento da escrita desta matéria, o preço do Bitcoin ainda não foi afetado pela notícia. Atualmente, o BTC está custando US$ 38.473, valorizando 13% nas últimas 24 horas.

Resposta da Tether

Em uma publicação em seu blog, a Tether respondeu à reportagem da Bloomberg. Segundo a empresa, tratam-se de fatos reutilizados e renomeados como “notícia”.

A Tether afirma ainda que notícias como essa estão surgindo para tirar a credibilidade da empresa. Um trecho da publicação afirma:

“Estamos orgulhosos do nosso papel como líderes da indústria em promover cooperação entre a indústria e autoridades governamentais nos Estados Unidos e ao redor do mundo. Seguimos comprometidos com nossos clientes, com a indústria e com a transparência por trás do nosso crescimento.”

Esta matéria foi atualizada com o posicionamento da Tether no dia 26 de julho, às 14h39.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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