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Jornalista Allan dos Santos utiliza Bitcoin para escapar de sanções da Justiça brasileira

O jornalista Allan dos Santos, fundador do canal Terça Livre, começou a estudar sobre Bitcoin (BTC). De acordo com Santos, o objetivo é utilizar a criptomoeda para receber doações de seus apoiadores.

A mensagem foi divulgada por Santos em um canal do Telegram, única rede social na qual o ex-blogueiro ainda pode enviar mensagens. Desde que foi bloqueado, Santos tem buscado formas de obter apoio financeiro junto aos seus seguidores.

Dessa forma, Santos aparentemente começou a aprender mais sobre o funcionamento do BTC. A criptomoeda tem como um de seus pontos fortes a abrangência internacional, bem como ser resistente a qualquer censura. Portanto, Santos poderia receber recursos de qualquer lugar do mundo e sem correr o risco de ser interceptado pela justiça.

Movimento quer monitorar transações

No entanto, a iniciativa de Santos foi descoberta pelo Sleeping Giants Brasil (SGBR), perfil que monitora “fake news” em redes sociais. O perfil divulgou um print com mensagem do ex-blogueiro, alegando que Santos estaria “desesperado” para obter recursos.

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“Nos últimos dias, Allan perdeu diversas campanhas de arrecadação online e agora usa Bitcoin para ganhar dinheiro enquanto está no USA de maneira irregular e foragido da PF”, afirmou o tuíte.

Santos, que está nos Estados Unidos, é procurado pela justiça brasileira sob a acusação de disparar fake news em seu canal e redes sociais. Além disso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais determinou o bloqueio de repasses das receitas de Santos no YouTube.

Consequentemente, o ex-blogueiro ficou sem recursos nem meios para financiar suas atividades. O BTC é visto por ele como uma alternativa para conseguir dinheiro.

Santos estaria usando a Wallet of Satoshi, dispositivo que realiza transações em BTC via Lightning Network (LN). A carteira pode ser utilizada em qualquer dispositivo Android ou iOS.

Um endereço também foi publicado como sendo possivelmente a carteira de Santos. De acordo com o explorador de blocos Blockchain.com, a carteira possui apenas US$ 6,47, ou R$ 36,09 na cotação atual. Porém, o endereço recebeu US$ 207,93, ou R$ 1.172 na cotação atual.

Publicação divide opiniões

A publicação do SGBR teve diversas opiniões por causa do seu tom crítico ao uso do BTC. Por um lado, seguidores voltaram a associar – de forma errônea – o BTC ao cometimento de crimes. Por outro, entusiastas da criptomoeda ressaltaram o fato de que o BTC não pode ser confiscado.

O mais importante é que, de fato, o BTC impede que governos possam impor sanções contra outras pessoas. Dessa forma, a criptomoeda é um instrumento poderoso de liberdade financeira, seja para o bem ou para o mal.

Ao mesmo tempo, cada transação presente no suposto endereço de Santos é perfeitamente auditável. Um usuário destacou que algumas transações foram direcionadas para a carteira da exchange Binance. Logo, Santos poderia usado a exchange para vender parte dos BTC que recebeu.

No Brasil, transações com Bitcoin não são proibidas pela legislação atual, mas são totalmente rastreáveis e poderão ser acompanhadas pela justiça. Logo, se Santos enviar BTC para alguma exchange com sede no Brasil, sua conta poderá ser bloqueada pelo STF.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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