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Blockstack torna-se a primeira startup de blockchain a ter oferta de tokens aprovada pela SEC

A startup Blockstack tornou-se a primeira empresa de blockchain a receber aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para fazer uma oferta pública de tokens, informou o Wall Street Journal nesta quarta-feira, 1o de julho.

Com isso, a Blockstack recebeu o aval para executar uma oferta pública no valor de US$28 milhões sob o Regulamento A+, informa a matéria.

Logo após a aprovação, a Blockstack lançou sua oferta de token on-line ainda na quinta-feira, 11 de julho. Embora outras empresas já tenham tirado proveito do financiamento pela Regulação A+, a aprovação da SEC fará da ICO da Blockstack a primeira em que os investidores receberão um token ao invés de ações da empresa.

Regras mais brandas

O Regulamento A+ é uma Oferta Pública Inicial (IPO) voltada para startups que precisam de financiamento antecipado e foi introduzido em 2012 através do “Jumpstart Business Startups Act”. Como o relatório diz, qualquer pessoa ou empresa nos EUA pode participar de uma rodada de financiamento pelo Regulamento A+.

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Embora a oferta tenha obrigações de divulgação mais brandas do que as de uma IPO, ela tem dois níveis com hard cap sobre fundos levantados, que podem chegar a US$50 milhões em um período de 12 meses.

Além da Blockstack, outras empresas buscam o Regulamento A+ como forma de levantar capital. De acordo com o WSJ, a startup YouNow Inc. também entrou com pedido de uma rodada de financiamento do Regulamento A+.

Novo impulso para o mercado

Segundo a reportagem do WSJ, a aprovação da Blockstack pode dar um novo fôlego ao mercado de criptoativos. As Ofertas Iniciais de Moedas (ICOs) estão em declínio. As empresas de criptoativos levantaram bilhões de dólares por meio de ICOs até que a SEC começou a atuar com mais força no mercado, limitando as ofertas.

O relatório do WSJ cita uma pesquisa do site TokenData, na qual é possível ver que o financiamento via ICO caiu de US$6,9 bilhões no primeiro trimestre de 2018 para US$118 milhões no primeiro trimestre de 2019.

Os fundadores da Blockstack Muneeb Ali e Ryan Shea gastaram 10 meses e aproximadamente US$2 milhões para obter a aprovação da SEC. Ali disse que a Blockstack teve que desenvolver um protocolo para executar, a partir do zero, o que é essencialmente uma ICO regulamentada através do Regulamento A +.

No passado, algumas startups de blockchain realizaram ICOs amparadas no Regulamento D da SEC, incluindo a própria Blockstack. Ao contrário do Regulamento A +, as vendas pelo Regulamento D não exigem a aprovação da SEC. No entanto, apenas investidores institucionais, ou seja, empresas que detêm um mínimo de US$5 milhões em ativos e US$1 milhão em patrimônio líquido, podem investir nessas ofertas.

Como foi informado pelo CriptoFácil em abril, a Blockstack atraiu a atenção da Universidade de Harvard, cujo fundo de doações – o maior do tipo no mundo – investiu US$12 milhões na startup.

Leia também: Fundo de dotação de Harvard investe cerca de US$12 milhões em tokens da Blockstack

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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