Economia

Blockchain pode ser um bem público, mas cripto ainda é uma ‘decepção’: FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) deu mais uma declaração polêmica acerca das criptomoedas. Desta vez, a entidade alegou que as criptomoedas não são benéficas para a economia global. No entanto, mesmo com a crítica, reforçou a importância da tecnologia blockchain para transformação digital.

O conselheiro financeiro do FMI, Tobias Adrian, e o chefe da divisão do departamento de mercado de capitais e monetário, Tommaso Mancini-Griffoli, foram co-autores deste comentário. De acordo com eles, “os criptoativos têm sido mais uma decepção do que uma revolução para muitos usuários”.

Ainda assim, eles citaram três áreas nas quais as questões privadas fizeram avanços tecnológicos com blockchains:

  • Tokenização: “representando os direitos de propriedade de um ativo, como dinheiro, em um livro-razão eletrônico – um banco de dados mantido por todos os participantes do mercado, otimizado para ser amplamente acessível, sincronizado, facilmente atualizável e inviolável”.
  • Criptografia: “desacoplando as verificações de conformidade das transações para que apenas as partes autorizadas acessem informações confidenciais. Isso facilita a transparência e, ao mesmo tempo, promove a confiança.”
  • Programabilidade: os contratos financeiros podem ser “mais facilmente escritos e executados automaticamente, como com ‘contratos inteligentes’, sem depender de um terceiro confiável”.

 

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Blockchain

Além disso, Adrian e Mancini-Griffoli disseram que os emissores privados de dinheiro não são confiáveis. Eles se referiram à proteção oferecida aos investidores e usuários no mais alto grau.

Eles sugeriram que aproveitar mais redes privadas de blockchain – em oposição a blockchains públicos como o Ethereum – pode ser “mais transformador do que a onda inicial dos criptoativos”. Esta é a mesma posição do Banco Central do Brasil, que deve usar um blockchain permissionado no Real Digital.

As redes privadas de blockchain podem ajudar a acelerar pagamentos e liquidações, ao mesmo tempo em que aprimoram a segurança e a conformidade, afirmam os autores.

“Embora o setor privado ultrapasse os limites da inovação e customização, ele não garantirá que as transações sejam seguras, eficientes e interoperáveis, mesmo que bem regulamentadas”, disseram. “Em vez disso, é provável que o setor privado crie redes apenas para clientes para negociar ativos e fazer pagamentos”.

Os CBDCs têm o potencial de se tornar um bem público seguro e útil, observou o FMI, acrescentando que as moedas podem atuar como métodos de pagamento seguros e reservas de valor.

“Como instrumento monetário, o CBDC oferece segurança; alivia os riscos da contraparte e fornece liquidez nos pagamentos”, disse o blog. “Mas, como infraestrutura, o CBDC pode trazer interoperabilidade e eficiência entre redes privadas para dinheiro digital e até ativos.”

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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