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Blockchain não serve para nada em eleição, afirma MIT

Um relatório publicado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) destacou que a votação eletrônica baseada em blockchain não teria capacidade de resolver nenhum problema de segurança.

Pelo contrário, segundo o MIT, a tecnologia apresenta mais vulnerabilidades do que as já existentes nos sistemas de votação atuais. E isso vale tanto para votações presenciais quanto online.

Blockchain

No estudo intitulado “Do Mal ao Pior: Do Voto na Internet ao Voto Blockchain”, pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial indicam que o voto deve ter cinco características para ser válido.

São elas: anonimato, transparência, independência do sistema, questionamento do processo e auditoria.

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Nesse sentido, Ron Rivest, Michael Specter, Sunoo Park e Neha Narula examinaram propostas que surgiram principalmente no ecossistema de criptomoedas.

Essas soluções sugerem que votar pela Internet com blockchain seria mais seguro que votar pelo sistema de remota atual.

No entanto, o relatório determinou que os riscos persistem em sistemas de votação baseados em blockchain. Além disso, observaram que a tecnologia pode trazer problemas adicionais.

Isso porque esse modelo de votação aumentaria muito o risco de falhas eleitorais indetectáveis ​​em escala nacional.

Portanto, embora a votação online possa parecer atraente pela conveniência, os estudos mostram que a modalidade pode ter pouco ou nenhum efeito sobre a participação na prática.

Ao mesmo tempo, os pesquisadores notaram que essa solução pode até aumentar a privação de direitos.

Blockchain pode não ser útil

Os analistas veem o desejo de um processo de votação mais rápido e eficiente como lógico. No entanto, rejeitam a crença de que as eleições devam ser realizadas da mesma forma que os bancos ou as compras online.

Dessa forma, para o MIT, os problemas continuarão enquanto houver táticas de malware, phishing e outras formas de ataque que podem mudar o voto do eleitor.

De acordo com os analistas, os ataques seriam cada vez mais escalonáveis apesar dos altos custos. Afinal, “o investimento seria lucrativo para um Estado adversário”.

“Um sistema de votação baseado em blockchain com um único ponto de ataque pode fornecer aos invasores a capacidade de alterar ou remover milhões de votos. Enquanto a destruição de uma cédula de correio geralmente requer acesso físico”, disse o MIT.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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