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Blockchain na mira da censura do Partido Comunista Chinês

Em meio à crescente adoção da tecnologia blockchain na China, o Partido Comunista Chinês anunciou que está em busca de um especialista em criptografia com conhecimentos avançados em blockchain para atuar diretamente no centro de pesquisa da Administração Estatal de Imprensa, órgão do governo chinês administrado pelo Conselho de Estado, mas que se reporta ao departamento de propaganda do partido.

A agência estatal chinesa responsável pela censura da produção de mídia no país anunciou que está à procura de um criptógrafo que “mantenha-se a par dos aplicativos de criptografia mais avançados em áreas como blockchain” e que o candidato ideal seria um tecnólogo com forte habilidade em algoritmos de criptografia e otimização de desempenho, além disso, outras responsabilidades ao pretendente à vaga serão pesquisar e desenvolver ferramentas para medir o nível de segurança de diferentes aplicativos de criptografia.

Não está claro de que forma efetivamente irá trabalhar o novo contratado do governo e nem qual será sua função como integrante de um órgão de censura, no entanto, dissidentes chineses e pessoas contrárias ao governo central têm cada vez mais usado a blockchain como forma de contornar a censura imposta na China, seja vinculando documentos em transações como forma de mantê-los na blockchain e, portanto, acessíveis em qualquer parte do mundo, ou utilizando a tecnologia, até mesmo, para transmitir mensagens que seriam bloqueadas em aplicativos como WeChat.

Gigantes chinesas como Baidu e até mesmo o Banco Central da China têm constantemente anunciado aplicações, pesquisas e provas de conceito utilizando a tecnologia blockchain, no entanto, praticamente todos os projetos utilizam blockchains privadas ou permissionadas, uma possível indicação de qual seria a função do novo criptógrafo ligado ao Partido Comunista Chinês.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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