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BitGo ‘travou’ resgate de R$ 260 milhões em Wrapped Bitcoin da Alameda

Novas informações envolvendo a FTX e sua “empresa irmã” Alameda Research seguem sendo reveladas. Dessa vez, Mike Belshe, CEO da custodiante de ativos digitais BitGo, informou em sua conta no Twitter que se recusou a permitir que a Alameda Research fizesse um saque de US$ 50 milhões (cerca de R$ 260 milhões) em Wrapped Bitcoin (WBTC) poucos dias antes de a empresa entrar em processo de falência. A BitGo é a custodiante por trás do WBT, uma versão tokenizada do Bitcoin que roda na rede Ethereum.

Conforme revelou Belshe, alguém da Alameda contatou a BitGo para resgatar 3.000 WBTC em BTC. Ele observou que o pedido de resgate era incomum. Isso porque veio de um representante da Alameda com quem a BitGo não havia tratado anteriormente.

“Durante a turbulência da FTX, alguém da Alameda tentou resgatar 3.000 WBTC por BTC. A BitGo se recusou a honrar. Os tokens foram queimados de qualquer maneira. A BitGo não tem certeza do que fazer com os 3.000 BTC”, tuitou ele.

Alameda tentou resgatar 3.000 WBTC

De acordo com Belshe, a BitGo conhece todo o pessoal operacional de cada empresa proprietária da WBTC. Além disso, ele informou que o representante da Alameda não passou no processo de verificação de segurança e não estava familiarizado com os burns de WBTC – o processo por meio qual o Wrapped Bitcoin é resgatado para BTC, enviando-o para o endereço de queima, que então aciona a liberação do Bitcoin.

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“Então, nós [Bitgo] levantamos e dissemos que não é assim que um burn é, e que precisamos saber quem era essa pessoa”, disse Belshe. “Enquanto estávamos esperando uma resposta sobre essas questões, eles [Alameda] faliram e, claro, uma vez que faliram, tudo parou.”

Os dados da on-chain mostram que o resgate foi iniciado em 9 de novembro, dois dias antes de a FTX entrar com pedido de recuperação judicial. A transação ainda consta como pendente no painel do WBTC. Isso significa que o BitGo atualmente detém mais BTC do que o WBTC em circulação.

Imagem da solicitação pendente

O chefe da BitGo disse que a tentativa de resgate pode ter sido legítima, mas não atendeu aos protocolos estabelecidos. Por isso, a plataforma não executou a operação.

Ainda não se sabe ao certo por que a Alameda Research fez solicitações de saque tão grandes para tokens WBTC. Mas a ação pode estar relacionada à FTX buscando capital de investidores para proteger suas operações dias antes de “falir”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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