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Bitfinex vai ressarcir parte dos clientes afetados em ataque de 2016

À medida que o escrutínio regulatório no espaço criptográfico aumenta, a iFinex – controladora da exchange Bitfinex – anunciou uma recompra de ações. De acordo com a empresa, o objetivo é recomprar US$ 150 milhões em ações, ou aproximadamente R$ 750 milhões em valores atuais.

Embora a iFinex não seja uma empresa fechada, os investidores poderão vender suas ações mesmo assim. A intenção da recompra, segundo a empresa, é proteger as vítimas do hack de 2016 e buscar maior controle sobre as negociações. Ou seja, reduzir a base de acionistas e ampliar o controle.

Nesse sentido, somente alguns acionistas poderão participar da oferta, aqueles que receberam ações como compensação do ataque hacker ocorrido em 2016. Essa oferta tem como objetivo ressarcir parte das perdas dos clientes através da venda das ações.

Planos de recompra de ações da Bitfinex

A iFinex Inc. tem sede em Hong Kong e, além da Bitfinex, compartilha diretores com a Tether Holdings Ltd., emissora da stablecoin USDT. O anúncio da oferta ocorreu em 22 de setembro e estipula a recompra de 15 milhões de ações ao preço de US$ 10 por ação.

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Com isso, a iFinex pretende recomprar cerca de 9% do capital total em circulação, o que faz a empresa ter um valor de mercado de US$ 1,7 bilhão. No entanto, a iFinex espera receber um valor de uma de suas subsidiárias antes de realizar a compra das ações.

Esta oferta está aberta aos acionistas que adquiriram ações da iFinex por meio de um acordo de swap em 2016, ano em que a exchange sofreu seu maior ataque. Na época, os hackers roubaram o equivalente a US$ 71 milhões em Bitcoin. Hoje, o valor atual desse roubo é de aproximadamente US$ 3,3 bilhões.

Para compensar os usuários afetados, a Bitfinex forneceu tokens BFX, que a iFinex posteriormente trocou por ações de sua empresa. Agora, os investidores poderão vender essas ações e ter parte de suas perdas restituídas.

Vários diretores da iFinex e suas subsidiárias também participarão da recompra. Em comunicado à Bloomberg, a iFinex afirmou ainda que a decisão de recompra surge num contexto de “desempenho positivo” da empresa nos últimos anos.

A iFinex afirmou ainda que, ao recomprar as suas ações, os investidores podem reduzir as pressões crescentes sobre eles para fornecer informações regulatórias do Grupo Bitfinex e lidar com um escrutínio reforçado. Também lhes permite sair de um investimento que carece de liquidez.

Desafios regulatórios

Tanto a Tether quanto a Bitfinex enfrentaram desafios regulatórios no passado, sobretudo nos Estados Unidos. Em 2021, ambas as empresas receberam uma multa de US$ 42,5 milhões.

No caso da Tether, a multa ocorreu porque as autoridades alegaram que a empresa forneceu informações falsas sobre as reservas que sustentavam sua stablecoin USDT. Por outro lado, a Bitfinex recebeu a multa por atender clientes dos EUA sem obter as aprovações necessárias.

No entanto, apesar de todos os desafios regulatórios, a Bitfinex mostrou resiliência durante a volatilidade do mercado. Ao mesmo tempo, a exchange continua a aproveitar oportunidades no mercado externo. No início deste ano, a Bitfinex foi a primeira a garantir uma licença em El Salvador.

Ao mesmo tempo, a exchange trabalha para ressarcir os clientes que tiveram prejuízos com o ataque hacker de 2016. Uma das formas que a exchange busca para isso é recuperar fundos que o governo dos EUA apreendeu dos hackers que atacaram a empresa.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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