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Bitcoiners anônimos: Descubra se você está viciado em criptomoedas

É possível ficar viciado em criptomoedas? Para o psiquiatra e diretor técnico da Clínica Revitalis, Sergio Rocha, é sim! Segundo ele, uma das principais características das criptomoedas, a volatilidade, contribui para esse suposto vício.

Em um artigo recente, o psiquiatra destacou que a volatilidade leva os traders a um estado de quase hipnose. Isso porque alguns podem passar dias e noites analisando ação de preço e padrões de gráficos de diversas criptomoedas a fim de ganhar cada vez mais.

Isso é particularmente verdade no caso dos traders. Segundo Rocha, o trader pode desenvolver um transtorno patológico de compulsão ou dependência. 

“O mercado de criptomoedas tem todos os elementos necessários para uma pessoa desenvolver dependência. A possibilidade de enriquecimento rápido promove fortes emoções e ativa a circuitaria cerebral ligada a reforço positivo. Para as pessoas vulneráveis pode ser um grande risco”, explicou Rocha.

Vício em criptomoedas existe?

Ainda de acordo com o especialista, dadas as devidas proporções, a negociação de criptomoedas pode ser comparada à apostas. Afinal, os sintomas e perdas são semelhantes a qualquer dependente de outras substâncias ou comportamentos.

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Conforme destacou Rocha, hospitais ao redor do mundo e profissionais da saúde perceberam um aumento de internações para tratar da obsessão pelo mercado de criptomoedas.

Para o psiquiatra, a obsessão pelo mercado cripto pode ser resultado da soma de dois transtornos: ludopatia (transtorno psicológico caracterizado pelo vício em jogos de azar) e Nomofobia (medo de ficar sem computador ou internet)

“O efeito de estímulos ligados ao prazer, do reforço positivo resultado de reconhecimento social virtual também promove liberação de neurotransmissores e ativação de redes neurais específicas. Uma vez ativadas elas ajudaram a reforçar o desejo de interagir com o estímulo cada vez mais”, afirma.

Por fim, o psiquiatra destacou sete sinais que podem indicar o desenvolvimento da obsessão por criptomoedas:

  1. Estreitamento de repertório pessoal;
  2. Necessidade cada vez maior de interagir com o estímulo de escolha em detrimento de claras perdas em outras áreas da vida.
  3. Troca de atividades, pessoas e crenças que antes eram muito valorizadas, pelo objeto da compulsão em questão;
  4. Sensação de distanciamento de amigos e familiares;
  5. Perda de concentração em atividades não relacionados à obsessão;
  6. Aumento progressivo de investimentos em criptomoedas;
  7. Súbitos pedidos de empréstimos ou apoio financeiro.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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