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Bitcoin vai crescer em grande falha do sistema bancário, prevê empresário

Simon Dixon, CEO e cofundador da plataforma de investimento de criptomoedas BnkToTheFuture, detalhou qual será, em sua opinião, o destino do Bitcoin quando os pacotes de estímulo e ajuda finalmente acabarem.

Em entrevista à jornalista Daniela Cambone, Dixon disse que os bancos privados podem quebrar inadvertidamente o mercado imobiliário através de uma “confusão deflacionária” que destrói os bancos.

“Eventualmente, acredito que quando os pacotes de estímulo param e o dinheiro acaba, então a verdadeira natureza dos balanços individuais das pessoas aparece. E o primeiro lugar a ser atingido é o mercado imobiliário”, disse.

Dixon explicou que o mercado imobiliário é o mecanismo pelo qual os bancos privados criam moedas digitais sempre que emitem um empréstimo.

Então, se os bancos não venderam o suficiente desses ativos, o balanço dos bancos fica exposto.

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Assim, como os bancos são grandes demais para falir, o impacto dessa deflação no mundo global seria desastroso.

Bitcoin

Dixon ainda acredita que, ao contrário da crise de 2008, os governos não podem intervir para impedir o colapso dos bancos. Portanto, necessitam de uma nova forma de moeda.

“Acredito que desta vez, em vez de resgates e resgates, por causa de toda a agitação social no momento, o resgate do governo poderia ser substituído simplesmente deixando o banco quebrar”, disse.

Nesse sentido, ele sugere uma CBDC (Moeda Digital de Banco Central) para evitar uma crise mais ampla.

“Você precisa de uma nova forma de dinheiro que será injetada na economia. Uma maneira realmente simples de fazer isso é simplesmente criar um aplicativo no banco central e o banco central dizer: ‘Todo mundo baixe este aplicativo, você receberá algum dinheiro’. E, se o banco Chase quebrar, então qualquer depósito que você tenha será substituída por esta nova moeda digital do banco central”, disse.

Ele observou que, dessa forma, passa a existir um mecanismo não inflacionário para desalavancar a economia.

“Então, teremos guerras cambiais globalmente e o FMI quer fazer isso em escala global”, afirmou.

Dixon acredita que, com esse mecanismo, as pessoas não precisarão se preocupar com o congelamento de fundos. Entretanto, devem se preocupar com sua privacidade e liberdades pessoais.

Sobre o Bitcoin

Por fim, Dixon destacou que acredita que o BTC vai sofrer uma extrema volatilidade. No entanto, segundo ele, a tendência de alta permanecerá óbvia.

“Eu vi meu Bitcoin de US$ 30 cair para US$ 3 em um dia. Eu vi meu Bitcoin de US$ 1.250 cair para US$ 250. Eu vi meu Bitcoin de US$ 20.000 cair para US$ 3.000 em um mês. Eu realmente espero que o Bitcoin de US$ 100.000 caia para US$ 30.000. Mas a tendência é simplesmente clara, alta sempre. O suprimento não pode ser alterado”, finalizou.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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