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Bitcoin subiu 65% após eleições de 2016 nos EUA; história vai se repetir?

Em 2016, o Bitcoin disparou 65% cerca de 2 meses após o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Coincidentemente, o evento ocorre no mesmo ano de um importante acontecimento do BTC: o halving.

Esse cenário fez surgir em alguns a dúvida sobre a história poder se repetir. Tal dúvida deu vida a um relatório da Messari, analisando todo o contexto.

Cenário de valorização do Bitcoin

O relatório foi publicado na terça-feira (3) pela Messari, empresa de análise focada em blockchain e criptomoedas.

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O objetivo é analisar os dois possíveis cenários do Bitcoin após as eleições: queda ou valorização.

A empresa destaca, porém, a dificuldade de realizar tal análise. O ano de 2020 é atípico, tendo em vista a pandemia de Covid-19 que causou diversas mortes — dentre elas, a do mercado financeiro.

Analisando o cenário positivo, o relatório aborda como pontos principais a correlação com o mercado de ações, o halving, contratos futuros e a entrada de novos participantes no mercado de criptoativos.

Sobre o mercado de ações, os pacotes de estímulos ao redor do mundo impulsionou uma recuperação. Haja vista a correlação com o BTC — que pode estar se desfazendo —, é possível que o criptoativo suba junto com ações em uma nova rodada de estímulos.

Além disso, há que se considerar o halving. Ty Young, analisa da Messari, acha pouco provável que o halving tenha afetado drasticamente os fundamentos do BTC.

Entretanto, o evento ajudou a fortalecer a narrativa de que o Bitcoin é o “ouro digital”.

Sobre os contratos futuros, estes estão beirando os recordes de posições abertas. Tal dado traduz que o mercado está “apostando” na influência dos resultados das eleições sobre o BTC.

Por fim, a entrada de grandes instituições — como MicroStrategy e Square — no mercado de criptoativos muda substancialmente o cenário em relação a 2016.

À época, nem mesmo a máxima histórica do BTC havia sido demonstrada. Ademais, uma segunda onda de infecções por coronavírus pode fazer com que pessoas resguardem suas economias em Bitcoin.

Desta forma, é possível que as mudanças positivas em relação a 2016 e o atual cenário fortaleçam a tese de valorização do Bitcoin.

Cenário de queda também é possível

No entanto, não existem apenas possibilidades positivas.

Caso Trump perca as eleições para o democrata Joe Biden, a Messari defende que será difícil aprovar um novo pacote de estímulos.

A falta de estímulos pode causar um colapso do mercado de ações que, assim como em março de 2020, pode ser acompanhado pelo BTC.

Ainda, a segunda onda de infecções por coronavírus pode fazer com que as pessoas liquidem novamente seus investimentos.

O lado positivo é que, segundo a Messari, um cenário de queda ocorreria apenas no curto prazo — mas de forma brutal.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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