Categorias Mercado

Bitcoin sofre mais uma baixa e criptomoedas desvalorizam. Solana cai 2% pelo segundo dia.

A sexta-feira (10) é de tentativas de recuperação no mercado das criptomoedas. Às 8h, o Bitcoin estava sendo negociado a US$ 46.129, com uma queda de 0,54%, mas com ares de recuperação.

Nas últimas 24 horas, o Bitcoin chegou a atingir o nível nos US$ 47 mil, mas voltou a cair. O motivo provável para a dificuldade de recuperação do Bitcoin está na Lei do Bitcoin, promulgada em El Salvador.

Além dos recentes protestos contra a adoção oficial da moeda, a Lei tem incentivado outros governos a dar suas declarações. No fim da tarde de ontem (9), foi a vez do presidente do Banco Central do México.

Outro motivo provável para a dificuldade de recuperação do Bitcoin pode estar nas ameaças de processo do governo estadunidense contra a Coinbase Global.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

A Ethereum também foi afetada. Na manhã desta sexta-feira, a moeda operava com uma baixa de 1,11%, comercializada por US$ 3.387.

Outras criptomoedas e altcoins também operavam em baixa. Às 8h, a moeda da Cardano e a Dogecoin operavam com uma baixa de 1,87%, por US$ 2,47 e US$ 0,24, respectivamente.

Por fim, a Solana também começou a manhã com uma baixa de 2,56%, sendo vendida por US$ 183,14. Este é o segundo dia de quedas da moeda, que chegou a subir mais de 100% no último mês

“Bitcoin é troca, não dinheiro”

As recentes baixas do mercado de criptomoedas estão gerando cada vez mais críticas acerca da moeda. Após a Lei do Bitcoin ser promulgada em El Salvador, a moeda chegou a ter uma queda de mais de 9% em menos de 12 horas.

Na tarde de quinta-feira (9), o presidente do Banco do México, Alejandro Diaz de Leon, chegou a alegar que o Bitcoin é apenas uma moeda de troca e não deve ser considerada como dinheiro.

De acordo com a declaração publicada pela Reuters, o presidente se coloca contrário à adoção das criptomoedas em El Salvador.

“Quem recebe Bitcoin em troca de um bem ou serviço, acreditamos que (transação) é mais semelhante a uma troca porque essa pessoa está trocando um bem por um bem, mas não realmente dinheiro por um bem”, disse Diaz de Leon.

“Em nossos tempos, o dinheiro evoluiu para ser uma moeda fiduciária emitida pelos bancos centrais”, disse ele. “Bitcoin é mais como uma dimensão de metais preciosos do que moeda legal diária.”

O presidente do Banco do México acrescentou ainda que para o Bitcoin ser considerado dinheiro, primeiro ele precisaria ser confiável. Além disso, Diaz de Leon também declarou que as moedas oficiais precisam salvaguardar o seu valor.

“As pessoas não vão querer que seu poder aquisitivo, seu salário suba ou caia 10% de um dia para o outro. Você não quer essa volatilidade para o poder de compra. Nesse sentido, não é uma boa salvaguarda de valor”, ele disse.

Além disso, outros países se mostraram hostis ao mundo das criptomoedas. Os Estados Unidos, por exemplo, questiona a bolsa de valores cripto, Coinbase, sobre a legalidade de um programa de rentabilidade para criptomoedas.

Segundo a comissão de Valores Mobiliários dos EUA, o empréstimo de criptomoedas com ganho de juros seria ilegal no país.

Sendo assim, a SEC emitiu para a Coinbase um aviso de Wells indicando que o regulador processará se ela prosseguir com o lançamento de seu novo serviço. O “Lend” seria uma plataforma de empréstimos entre usuários,  com juros para ativos criptográficos.

Leia também: Governo da Ucrânia aprova lei que legaliza mercado de criptomoedas no país

Leia também: Aplicativo Robinhood libera função para compra recorrente de Bitcoin

Leia também: El Salvador: Primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda

Compartilhar
Luiza Eiterer

Jornalista, especialista em conteúdo web e editora do CriptoFácil

This website uses cookies.