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O preço do Bitcoin deu um salto repentino e disparou mais de US$ 2.500 em minutos, ultrapassando a marca de US$ 53.500 e registrando seu maior valor em 2 anos.
As altcoins também entraram em alta, com o Ethereum subindo ainda mais acima de US$ 3.100 e o BNB brevemente ultrapassando os US$ 400 pela primeira vez desde maio de 2022. Apesar de perder algum terreno desde então, o BTC ainda é negociado acima de US$ 53.000, e seu valor de mercado explodiu para US$ 1,05 trilhão.
Essa volatilidade resultou em dor para traders superalavancados que apostam na queda do Bitcoin. Eles perderam cerca de US$ 200 milhões, apontou uma análise da Coingecko.
De acordo com dados da Kaiko, a parcela de Bitcoin negociada nos fins de semana vem diminuindo nos últimos anos, caindo de 24% em 2018 para 17% em 2023. Analistas da Kaiko sugerem que essa queda indica condições de liquidez deterioradas nos fins de semana, possivelmente devido ao aumento da participação institucional e à piora na infraestrutura de mercado.
No entanto, analistas da Matrixport mantêm sua meta de preço do Bitcoin em US$ 63.000 até março de 2024, destacando a influência do próximo ciclo de halving. O Bitcoin historicamente tende a valorizar antes do halving, embora o último ciclo tenha sido fortemente influenciado pelos estímulos pós-COVID-19 dos governos globais.
Segundo a Matrixport, as condições macroeconômicas estão impulsionando os investidores para ativos considerados “refúgios seguros”. A expectativa de que as taxas de juros na Eurozona estejam caindo mais rápido do que nos EUA estão levando alguns analistas a preverem uma queda do euro em relação ao dólar americano.
Noelle Acheson, autora do boletim informativo “Crypto is Macro Now”, observa que a persistente desconfiança na força econômica dos EUA, somada a tendências geopolíticas e internas, pode incentivar um interesse maior em moedas não soberanas, como o Bitcoin e o ouro.
Enquanto isso, no mercado de ações, os índices S&P 500 e Nasdaq Composite registraram modestos ganhos na segunda-feira. No entanto, a pressão sobre as ações poderia aumentar caso os líderes do Congresso não cheguem a um acordo orçamentário até sexta-feira, o que poderia levar a um shutdown do governo.
A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Pessoal (Core PCE), métrica preferida pelo Federal Reserve para medir a inflação, na quinta-feira, será observada de perto pelos traders, especialmente após os mercados terem evitado grandes vendas após dados anteriores de inflação decepcionantes.
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