Foto: Pixabay
Nem computação quântica, nem ataque hacker, tampouco ataque de 51%. Segundo Raoul Pal, a única coisa que pode diminuir o interesse no Bitcoin é a criação de uma moeda digital nacional pelos bancos centrais.
De acordo com o veterano, o advento das Moedas Digitais do Banco Central (CBDCs, na sigla em inglês) pode afetar negativamente o Bitcoin.
A declaração de Pal foi dada durante uma conversa recente com Scott Melker no podcast The Wolf Of All Streets. Na ocasião, Raoul Pal disse que a ameaça que pode descarrilar o Bitcoin não é regulatória e está ligada a criação de CBDCs pelos bancos.
Mais precisamente, Pal imaginou um cenário em que as nações do G-20 desenvolvem uma moeda digital única. Esse ativo digital global seria composto por uma cesta de moedas nacionais, como o Facebook tinha planejado para Libra.
“Isso torna o Bitcoin significativamente menos atraente. Se eles implementassem essa [política] por dez ou vinte anos, tornaria o Bitcoin menos necessário. Eles podem fazer isso? Eu não faço ideia. Que probabilidade eu daria isso? Não faço ideia”, disse.
Entretanto, conforme destacou Pal, por enquanto, nada pode afetar o desenvolvimento do Bitcoin. Ele acredita que a maior criptomoeda em valor de mercado ficará mais forte do que nunca no curto prazo.
“Minha convicção não para de crescer. Não é apenas uma função do preço. É uma função da quantidade de pessoas que entram no espaço. Os pensamentos acontecendo, o desenvolvimento acontecendo. Então sim, nada vai mudar no curto prazo”, disse.
Nesse sentido, ele declarou que está firme no Bitcoin e não vendeu nenhuma de suas participações. Além disso, o ex-executivo da Goldman Sachs também afirmou que continua interessado no Ethereum.
A segunda maior criptomoeda sobreviveu e agora está senda negociado na faixa de US$ 2.000, com um valor de mercado de quase US$ 270 bilhões.
Ele ponderou, no entanto, que investir neste mercado é arriscado e os investidores devem estar preparadores para perder.
“Porque é arriscado. Risco é uma palavra real, não é uma aposta unilateral. O risco é ganhar ou perder, mas sem arriscar você não ganhar, mas também não perde. Agora assumindo o risco de perder, você pode ganhar tudo”, filosofou.
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