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Bitcoin se recusa a cair e investidores se recusam a vender

Na terça-feira (5), o preço do Bitcoin (BTC) abriu em leve correção, indicando que a região de US$ 42.000 era um teto intransponível. Mas isso mudou nas últimas 24 horas, e a criptomoeda provou que a tendência de alta realmente veio para ficar. De acordo com o CoinGecko, o BTC registrou alta de 5,4% nas últimas 24 horas, o que fez seu preço se aproximar dos US$ 44.000.

Precisamente, um BTC vale US$ 43.550 no momento da finalização deste texto, o que corresponde a pouco mais de R$ 214 mil na cotação atual. Quem também valorizou foi o Ethereum (ETH), cuja alta chegou a 2% e levou o preço a US$ 2.240. Mas quem se destacou no Top 10 foi a Dogecoin (DOGE), que disparou mais de 17% em meio ao seu “aniversário” de dez anos de criação.

No Top 100, o desempenho das criptomoedas foi majoritariamente de alta, com algumas delas chegando a disparar mais de 50% – casos da HNT (54%) e da TIA (52%). Já as maiores perdas do ranking ficaram com as “duas Terras”, ou seja, os tokens LUNA e LUNC, que caíram 14,6% e 12,5%, respectivamente.

O valor de mercado das criptomoedas subiu para US$ 1,65 trilhão (R$ 8,17 trilhões), com alta de 4,5%, e o volume de negociação subiu 18%, atingindo US$ 91 bilhões. A dominância do Bitcoin chegou a 53,8% e a do Ether caiu para 17,1%, totalizando 70,9% do mercado.

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Holders de Bitcoin com mãos de ferro

Além da demanda pelo BTC estar maior, o que explica parte do preço, a oferta caiu drasticamente. O número de BTC dentro das exchanges atingiu o menor nível desde 2017, o que significa menos criptomoedas para venda.

Por outro lado, o número de investidores de longo prazo continua a subir, enquanto o de traders (que possuem foco no curto prazo) atingiu um dos menores níveis da história. O gráfico abaixo ilustra essa diferença. A linha preta é o preço do Bitcoin, a linha azul mostra a quantidade de investidores de longo prazo (aqueles que não vendem seus bitcoins tão facilmente) e, a linha vermelha, os investidores de curto prazo (traders).

Relação entre traders, holder e preço do Bitcoin. Fonte: Glassnode/Bitget.

Além de reforçar a baixa disposição em vender, a queda no número de traders indica que o Bitcoin está longe de formar um topo. E que, pelo contrário, o mercado pode registrar novas valorizações.

“Note que, durante os topos do mercado temos muito mais investidores de curto prazo do que de longo prazo, cenário que está longe de acontecer. No momento, dos 19,5 milhões de BTC disponíveis, quase 15 milhões está nas mãos dos investidores de longo prazo. Isso indica que ainda temos muito mais para subir. Ninguém quer vender BTC”, disse Fernando Pereira, da Bitget.

Liquidações disparam mais de 80%

A forte alta do Bitcoin levou a um aumento nas perdas entre os traders que apostaram em novas correções. De acordo com o Coinglass, as liquidações subiram mais de 80% e atingiram um volume de US$ 307 milhões. Desse total, US$ 178 milhões liquidaram posições vendidas, e o BTC respondeu por um total de US$ 121 milhões.

Mapa de liquidações nas últimas 24 horas. Fonte: Coinglass.

A maior liquidação individual ocorreu na OKX em um par de BTC, causando perdas de quase US$ 9 milhões para o operador. No total, mais de 103.900 traders foram liquidados nas últimas 24 horas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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