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Bitcoin registra seu pior trimestre na última década

O segundo trimestre de 2022 foi o pior para o Bitcoin (BTC) nos últimos 11 anos. No período, a maior criptomoeda do mercado registrou uma desvalorização de mais de 58%, saindo de US$ 46.750 em 1º de abril para US$ 19.280 no momento da escrita desta matéria, de acordo com o CoinMarketCap.

O BTC não registrava uma desvalorização trimestral tão acentuada desde o terceiro trimestre de 2011, quando o Bitcoin caiu 66,62% – de US$ 15,40 para US$ 5,14.

Gráfico de preço do Bitcoin no 2º trimestre de 2022.

Apenas nos últimos 30 dias, ou seja, no mês de junho, o preço do BTC recuou quase 40%. Além disso, em relação ao preço máximo que a criptomoeda atingiu em novembro, cerca de US$ 69.000, a queda já passa de 71%.

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Colapso de Terra (LUNA) e crises em empresas cripto

Essa expressiva queda de preços ocorre em meio à desaceleração do mercado de criptomoedas. Os meses de maio de junho, sobretudo, trouxeram uma sequência de notícias e eventos que impactaram o BTC e o mercado cripto mais amplo.

No mês de maio, por exemplo, houve o colapso do ecossistema Terra (LUNA) e da stablecoin UST – que afetou todo o mercado.

Já em junho, o credor de ativos digitais Celsius estremeceu o mercado após interromper saques dos clientes; decisão que ainda está em vigor.

Em um efeito cascata, isso se alastrou pelos mercados, afetando empresas como a BlockFi – que precisou do resgate da exchange de criptomoedas FTX – e o fundo de hedge cripto Three Arrows Capital (3AC).

No mês passado, a 3AC não conseguiu atender às chamadas de margem (garantia financeira exigida em operações que envolvem risco) e foi liquidada em US$ 400 milhões.

Além disso, conforme noticiou o CriptoFácil, nesta semana, um tribunal com sede nas Ilhas Virgens Britânicas ordenou a liquidação da empresa, nomeando a consultoria global Teneo Restructuring para lidar com o processo.

Ao mesmo tempo, os mercados financeiros tradicionais também foram abalados no mês passado em meio ao aumento da inflação e das taxas de juros. Isso afetou, sobretudo, os investimentos considerados de risco, “contaminando” o mercado cripto como um todo.

Previsão de preço do Bitcoin

Em um cenário de pouco otimismo, as previsões para o futuro da maior criptomoeda em valor de mercado divergem.

Os estrategistas da Fundstrat, por exemplo que, em geral, são mais otimistas com o BTC, reverteram suas previsões de preço no curto prazo do ativo. Eles acreditam que o preço do BTC ainda pode cair para US$ 12.500, se o cenário não mudar.

Vislumbrando algo ainda pior, o autor do best seller “Pai Rico, Pai Pobre”, Robert Kiyosaki, disse que comprará mais BTC se a moeda digital cair para US$ 11.000.

Por outro lado, o CEO da Bitfury, Brian Brooks, acredita que o preço do ativo vai subir em breve. Isso porque a rede BTC continua a ser altamente utilizada. Os analistas do JPM também têm uma visão semelhante, indicando que o BTC já pode ter chegado ao fundo.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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