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Bitcoin pode impulsionar negócios entre El Salvador e EUA, diz Bank of America

Em um relatório recente, o Bank of America (BofA) destacou algumas das principais vantagens que El Salvador pode ter com a adoção do Bitcoin como moeda de curso legal. Entre elas, o BofA ressaltou a possibilidade de abrir canais de negócios com empresas estrangeiras, como dos Estados Unidos.

Além disso, o banco afirmou que El Salvador se beneficiará também em aspectos como: remessas internacionais, digitalização financeira e maiores opções para os consumidores.

O relatório em questão foi compartilhado pelo presidente do país centro-americano, Nayib Bukele no Twitter.

“O mercado tem sido excessivamente pessimista sobre isso e está negligenciando qualquer argumento a favor, mesmo que esses benefícios sejam reconhecidamente mais incertos”, escreveram os analistas, incluindo o estrategista latino-americano Claudio Irigoyen.

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Benefícios em adotar o Bitcoin

No que diz respeito aos negócios internacionais, o BofA observou que os EUA são um hub para criptomoedas.

Dessa forma, a adoção do BTC em El Salvador pode fazer com que as empresas estadunidenses migrem para o país buscando um ambiente favorável aos ativos digitais. Como resultado, o país da América Central poderia receber mais investimentos externos.

“Pode haver [investimento estrangeiro direto] de Strike (desenvolvedor da plataforma de pagamentos), mineradores de Bitcoin, fabricantes de ATMs, entre outros tipos de firmas”, disse o BofA.

Especificamente sobre a mineração de moedas digitais, o banco detalhou que a energia geotérmica dos vulcões de El Salvador pode atrair a atividade.

Remessas internacionais

As remessas internacionais também foram citadas como algo positivo na adoção do Bitcoin.

Segundo o Bank of America, assim como nos demais países em desenvolvimento, os fluxos de remessas equivalem a uma quantia substancial para a economia de El Salvador: 24% do PIB.

Isso ocorre porque há uma alta incidência de remessas de salvadorenhos para o exterior. O uso do Bitcoin poderia, portanto, beneficiar a economia, reduzindo os custos de transação nas remessas para o país:

“Usar Bitcoin para remessas pode reduzir os custos de transação em comparação com os canais de remessa tradicionais. A ideia é que o Bitcoin possa ser usado como um intermediário para as transferências internacionais”, disse o BofA.

Outra implicação positiva é a digitalização financeira. Conforme destacou o banco, atualmente, mais de 70% dos adultos de El Salvador não têm conta em banco.

“Por isso, democratizar o acesso aos pagamentos eletrônicos, por meio do Bitcoin, tem um toque progressivo”, ressaltou o BofA.

Por fim, o Bank of America afirma que a adoção do BTC fornece escolhas aos consumidores do país. A instituição pondera que os cidadãos não serão obrigados a usar a criptomoeda e as empresas podem igualmente se recusar a aceitá-la se não tiver a tecnologia necessária.

Aspectos negativos da adoção do Bitcoin

Contudo, como era de se esperar, não houve só elogios ao Bitcoin. Afinal, o BofA pontuou que há diversos riscos envolvidos na adoção legal do BTC em El Salvador.

Entre outras coisas, a instituição bancária apontou com um problema a volatilidade do Bitcoin.

O banco disse que permitir que as pessoas paguem impostos em Bitcoins altamente voláteis é particularmente preocupante. Isso porque pode levar a quedas acentuadas nas receitas se o preço da criptomoeda cair.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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