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Bitcoin para nos US$ 42.000: acabou a força do rali?

Após experimentar um forte rali de alta no fim de semana, o Bitcoin (BTC) renovou suas máximas do ano e se aproximou dos US$ 42.000. No entanto, o ímpeto dos investidores não foi capaz de romper a resistência vendedora, fazendo o BTC voltar a cair. Nesta terça-feira (5), a criptomoeda abriu em queda de 0,5%, aos US$ 41.668. No Brasil, o Bitcoin ficou estável em R$ 206 mil.

Com a queda do BTC, as perdas se estenderam para todas as maiores criptomoedas. Praticamente todas as criptomedas do Top 10 abriram o dia no vermelho, com destaque para a Solana (SOL), com perdas de 2,2%. O Ether (ETH) também caiu, registrando perdas de 1,3% nas últimas 24 horas, mas conseguiu se manter acima de US$ 2.200. Somente a Dogecoin (DOGE) representou uma exceção, já que seu preço teve leve alta de 0,9%.

Já nas criptomoedas do Top 100, a desvalorização foi ainda mais profunda, com mais de 90% abrindo o dia no vermelho, puxadas pela queda de 10% no preço da Luna Classic (LUNC). No entanto, as valorizações foram maiores em termos de intensidade: a STX abriu o dia com ganhos de 32%, seguida pela CFX e sua alta de 23%.

O valor de mercado das criptomoedas caiu 0,4%, mas continuou com US$ 1,6 trilhão (R$ 7,7 trilhões) e o volume total subiu 8%, atingindo US$ 77 bilhões. A dominância do Bitcoin teve leve alta para 53,2% e a do Ether chegou a 17,3%, totalizando 70,5% do mercado.

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Bitcoin chegou a um teto?

Aparentemente, o motivo para a queda do BTC foi a rejeição no nível dos US$ 42.000, sobretudo depois que a criptomoeda valorizou muito em pouco tempo. Não apenas era natural esperar uma correção, como também muitos investidores decidiram vender para realizar lucros de curto prazo.

Diante desse cenário, será que o Bitcoin chegou a um teto de preço em 2023? Para Fernando Pereira, da Bitget, a resposta é sim. O atual nível de continuidade da alta (US$ 45.000) possui uma grande pressão de venda.

“Depois de acumular negociações durante todo o mês de novembro na faixa de US$ 37.000, os compradores de Bitcoin compraram toda a oferta disponível nessa região e estão acumulando até que uma nova zona de resistência apareça e o número de bitcoins ofertado aumente. Em minhas análises entendo que a região entre US$ 43.000 e US$ 45.500 terá uma oferta forte o suficiente para parar a alta por algum tempo. Acredito que esse deva ser o topo de 2023”, disse.

Liquidações caem, mas ficam acima de US$ 150 milhões

As liquidações tiveram queda superior a 44% nas últimas 24 horas, devido à estabilidade no preço do BTC, mas ainda ficaram acima de US$ 100 milhões. De acordo com o Coinglass, o volume total foi de US$ 168 milhões, dos quais US$ 85 milhões liquidaram posições compradas e US$ 83 milhões, posições vendidas – um equilíbrio poucas vezes visto.

Entre as maiores liquidações individuais, o Bitcoin dominou em todas as posições. Nas liquidações dos comprados, o BTC em si causou perdas de US$ 43 milhões, enquanto o token ORDI, do protocolo Ordinals, liquidou US$ 11 milhões entre os vendidos, a maior liquidação nesse grupo.

As liquidações atingiram mais de 69.000 traders nas últimas 24 horas.

Mapa de liquidações nas últimas 24 horas. Fonte: Coinglass.
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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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