O Bitcoin está agora mais intimamente ligado ao ouro do que nunca. A correlação de 60 dias entre os dois ativos está pairando em níveis recordes.
Essa correlação atingiu 0,5, de acordo com dados do site CoinMetrics. Trata-se da maior correlação desde o início da série histórica, em 2011.
A correlação positiva se fortaleceu desde o início de julho. Na ocasião, o dólar norte-americano (USD) começou a perder valor frente a outras moedas importantes.
A liquidação do dólar, moeda de reserva global, é vista como um bom presságio para ativos escassos como Bitcoin e ouro. Com isso, o criptoativo demonstra maior resiliência à aversão ao risco nos mercados tradicionais.
Isso pode ser visto no comportamento de seu preço. Na segunda-feira (7), o Bitcoin defendeu o suporte de US $ 10.000 (R$ 53.000) pelo quinto dia consecutivo.
Essa defesa ocorreu apesar das perdas em Wall Street e da queda dos criptoativos no início do mês.
À defesa repetida desse suporte crítico seguem-se vários desenvolvimentos de alta nas métricas da rede. Com isso, surge espaço para uma recuperação.
O poder de computação do Bitcoin (hash rate) segue em alta. Ele superou 128 terahashes por segundo (TH/s) na segunda-feira, de acordo com a Blockchain.com.
Esse foi o maior valor desde 15 de agosto, quando atingiu 129 TH/s.
Isso sugere que os mineradores não se incomodam com a recente queda do Bitcoin – o criptoativo saiu de US$ 12.400 para US$ 10.000.
Além disso, a porcentagem de Bitcoin que não foram mexidos em mais de três anos atingiu uma alta de 30,91% em dois anos, de acordo com o Glassnode.
“Isso sugere um aumento na mentalidade de holding”, disse Simon Peters, analista de cripto-ativos da plataforma de investimento eToro. Peters acrescentou:
“A queda recente representa vendas excessivas e os compradores podem voltar em breve.”
No momento da produção deste texto, o Bitcoin é negociado a R$53.183,89, uma alta de 2,98%. As fontes são do CoinMarketCap.
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