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Bitcoin invade a maior conferência de e-commerce do Brasil que contará com o ex-presidente Barack Obama

O Bitcoin e as criptomoedas também estarão presentes na VTEX Day, a maior conferência de e-commerce do Brasil e que acontecerá agora nos dias 30 e 31 de maio, em São Paulo, que contará com a presença do ex-presidente dos EUA Barack Obama. Quem “levará” o BTC para o evento será o Grupo B&T Câmbio, que lançou em abril a fintech Z.ro, a primeira a aceitar Bitcoins para compra de serviços e produtos no varejo com liquidação imediata. A empresa já mantém conversas em estágio avançado com grandes varejistas brasileiros e e-commerces de multinacionais interessados em usar a tecnologia.

A Z.ro Pay, instituição de pagamento da fintech, permite que o consumidor pague com criptomoedas qualquer conta do varejo, desde o restaurante até a corrida de táxi. Com a nova tecnologia, a operação é liquidada em até três segundos. A fintech repassa o valor já em Reais para a marca responsável pela venda, em até dois dias.

“Os estabelecimentos comerciais e e-commerces relutam em receber criptomoedas porque têm receio da variação do valor delas. Como liquidamos qualquer transação imediatamente, esse problema foi solucionado”, comenta Marco Carnut, diretor de tecnologia da Z.ro.

Para viabilizar o sistema exclusivo, foram feitos testes em mais de 100 estabelecimentos comerciais de Recife e São Paulo, incluindo o renomado restaurante paulistano A Casa do Porco.

“O sucesso foi total, porque o Bitcoin ganha mais popularidade a cada dia. Em 2018, por exemplo, o número de brasileiros que se cadastraram em corretoras de criptomoedas foi mais do que o dobro dos que se cadastraram na bolsa de valores”, comenta Carnut.

A proposta da Z.ro Pay é dar liquidez imediata aos detentores de Bitcoin, ao mesmo tempo que reduz significativamente o custo para o varejo. O comerciante ou prestador de serviço pagará apenas 0,5% do valor da transação e não terá custos fixos de mensalidade ou aluguel de máquina.

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Um dos propósitos da fintech é incentivar que as criptomoedas sejam cada vez mais utilizadas como forma de pagamento, razão pela qual elas foram originalmente criadas.

“Hoje, quem possui Bitcoin tem pouca opção do que fazer com ele. O mercado brasileiro está usando as criptomoedas como forma de investimento, comprando e vendendo, e nós estamos trazendo outra possibilidade”, comenta Edísio Pereira Neto, CEO da Z.ro.

Para as empresas, aceitar essa forma de pagamento abre as portas para o mundo. Por tratar-se de uma moeda digital, o Bitcoin pode ser utilizado por pessoas de qualquer país. Além disso, a transação é mais rápida, barata e não tem chargeback — estorno solicitado pela operadora de cartão de crédito ou débito por fraude ou cobranças incorretas. Na hora do pagamento, o cliente precisa autorizar a transação, então não existe o risco de não reconhecer alguma compra mais tarde.

“Além das vantagens operacionais, quem aceita criptomoeda como forma de pagamento sai na frente da concorrência na inovação. É um mercado que desperta a curiosidade do consumidor mais jovem, que está atento às novas tecnologias”, diz Neto. Parceiros da Z.ro já observaram o aumento de 30% no faturamento da empresa após a divulgação sobre a nova forma de pagamento. Mesmo que nem todos os novos clientes efetuem a compra com criptomoedas, é percebido o interesse em entender sobre a operação.

A Z.ro terá três braços operacionais. O primeiro é o blockchain banking (Z.ro Bank), que será um aplicativo de contas digitais, com serviços financeiros que vão dos tradicionais pagamento de contas, cartão de débito, transferências e recargas de celulares, até integrações exclusivas com uma carteira para quem possui criptomoedas, que poderão em um único clique converter Bitcoins para Reais e fazer seus pagamentos. Para o usuário final, a inovação está em receber Bitcoin e dinheiro numa mesma conta. O segundo braço é voltado para câmbio (Z.ro Câmbio), focado em operações de câmbio online como remessas internacionais. E o terceiro focado em pagamentos (Z.ro Pay), que foi lançado recentemente.

A startup nasce do sucesso operacional da fintech de criptomoedas do grupo, a BitBlue, que em menos de um ano tornou-se uma das cinco maiores do país. Atento ao aumento da demanda pelos ativos, no início de 2019, a BitBlue juntou-se à CoinWISE, fabricante de produtos para o segmento de criptomoedas como máquinas de POS, giftcards, carteiras offline e vending machines de Bitcoin. A fusão da corretora com a empresa de tecnologia originou a Z.ro.

Leia também: Da fusão entre BitBlue e CoinWISE nasce a Z.ro Bank

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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