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Com mais uma queda forte, o Bitcoin (BTC) praticamente devolveu todos os ganhos obtidos ao longo do último final de semana. De acordo com o CoinGecko, o preço do Bitcoin hoje, 10 de abril, teve queda de 2,5% e chegou aos US$ 69.075. No Brasil, a cotação caiu para R$ 345.900, uma perda de 2,8%.
A princípio, o BTC abriu o dia em queda moderada, mas se intensificou ao longo das últimas horas. Isso fez as perdas da criptomoeda se aproximarem das do Ether (ETH), cujo preço caiu 3,1% e abriu o dia valendo US$ 3.522. A Solana (SOL) também caiu 3,1% e abriu o dia valendo US$ 170, enquanto a Dogecoin (DOGE) caiu 4,3% e registrou a maior perda diária no Top 10.
Por outro lado, a BNB abriu em alta, subindo 0,8%. Seu preço chegou a US$ 587 e o valor de mercado da BNB superou US$ 90 bilhões, US$ 15 bilhões a mais que a Solana. A TON também abriu o dia no verde, com uma leve alta de 0,1% suficiente para garantir seu lugar no Top 10.
De acordo com a Glassnode, as principais vendas de BTC na atualidade se concentram nos investidores de longo prazo. Ou seja, aquele grupo que acumula BTC por pelo menos seis meses. O objetivo principal dessas vendas é auferir lucros.
Tais vendas ocorreram principalmente depois que o BTC rompeu novamente a barreira dos US$ 72.000, o que abriu mais oportunidades de realização. Para Fernando Pereira, analista da Bitget, esse ciclo de vendas é um mau sinal.
“Podemos ver a cada dia que passa que os investidores de longo prazo, que costumam segurar seus Bitcoins por pelo menos 6 meses, estão saindo do mercado. Isso é um sinal de realização de lucro que antecede quedas mais expressivas”, disse Pereira.
Nesse sentido, o analista mantém a posição de que o BTC ainda pode sofrer correções antes ou no período logo após o halving. Já a previsão de ocorrência do halving se mantém para 19 de abril, faltando pouco menos de nove dias.
Além do halving, os dados de inflação dos Estados Unidos ainda preocupam o mercado. Bancos como o JPMorgan e o Goldman estimam que a inflação permanecerá elevada nos próximos meses. A maioria dos bancos prevê que a inflação ficará na faixa de 3,4%.
Uma inflação mais elevada pode adiar a queda de juros nos Estados Unidos, pressionando ainda mais o Bitcoin. Markus Thielen prevê que o preço do BTC pode cair até US$ 62.000 e o preço do ETH para US$ 3.100.
De acordo com Thielen, a queda nos volumes de negociação pode acelerar esse processo. Por isso, os traders devem ficar de olho nos principais níveis do Bitcoin e do Ether, que estão em US$ 68.330 e US$ 3.460, respectivamente.
Por outro lado, analistas como Benjamin Cowen e Peter Brandt também previram uma correção do preço do Bitcoin para menos de US$ 60.000 se o BTC repetir um padrão histórico visto durante a aprovação dos ETF e também nos últimos halving.
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