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Bitcoin em alta, dólar em baixa: Fitch rebaixa nota de crédito dos EUA após elevar a de El Salvador

A agência de classificação de crédito Fitch Ratings, uma das três maiores do mundo, rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de AAA para AA+, dois meses após elevar a classificação de El Salvador de CC para CCC+.

O movimento inesperado da agência reflete sua preocupação com a dívida nacional americana e o contínuo declínio das condições políticas nos EUA.

“A nota de crédito rebaixada dos EUA sinaliza a deterioração dos padrões de governança na última década”, aponta a Fitch.

Apesar do acordo para suspender o teto da dívida até janeiro de 2025, a agência está alarmada com a questão da dívida e impostos do país. A nova classificação sugere que os títulos do governo americano já não são mais considerados como investimentos mais seguros.

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A Fitch atribui classificações de AAA, AA+, A e BBB aos países considerados como emissores de qualidade, confiáveis e estáveis, tornando-os favoráveis para investir.

Portanto, o rebaixamento dos EUA foi recebido como um golpe no país. Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, criticou os dados da Fitch como “arbitrários e desatualizados”, enquanto Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, rotulou a ação de rebaixamento como ridícula.

EUA em baixa

Paralelamente, a valorização de El Salvador tem sido notável. Os títulos do país, com vencimento em 2027, registraram um aumento de mais de 60% desde o início do ano, refletindo a crescente confiança dos investidores no país.

Além disso, o preço do Bitcoin, a criptomoeda adotada como moeda legal em El Salvador, aumentou mais de 70% desde o início do ano, elevando ainda mais a confiança dos investidores no país centro-americano.

A estratégia de El Salvador de adquirir Bitcoin parece estar beneficiando o país, enquanto uma classificação de crédito mais baixa poderia elevar os custos para o governo dos EUA.

Esta reviravolta na classificação de crédito de ambos os países sinaliza uma nova era de incerteza sobre os rumos econômicos dos EUA, enquanto El Salvador, com suas reservas de Bitcoin, parece estar em uma posição melhor.

O cenário reforça a crescente visão do Bitcoin como um investimento de longo prazo mais seguro, particularmente à medida que questões de gastos públicos, inflação e a dívida pública dos EUA continuam a assolar o mercado.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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