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Bitcoin e lavagem de dinheiro: o cerco se fecha

A notícia da prisão do russo Alexander Vinnik, na quarta-feira, 26 de julho, acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro que chegou a movimentar US$4 bilhões em bitcoins deixou o mercado de criptomoedas perplexo diante da vultosa quantia envolvida.

Vinnik é suspeito de ser o comandante de uma das mais antigas corretoras de moeda digital: a BTC-e. A empresa é acusada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de uma série de ilegalidades, como por exemplo, de ter lavado bitcoins da extinta corretora japonesa Mt. Gox, alvo de um ataque hacker em 2013 que envolveu o roubo de cerca de 850 mil bitcoins.

O governo americano aplicou multa civil de US$110 milhões à BTC-e e de US$12 milhões à Vinnik. Se condenado, o russo pode ficar preso por até 55 anos.

O fim da BTC-e ocorre poucos dias depois do inesperado anúncio de fechamento das operações da Bitmixer, uma das maiores empresas que oferecia serviços de “bitcoin mixing”, uma técnica utilizada para dificultar a rastreabilidade das transações com moeda digital, amplamente utilizada por esquemas de lavagem de dinheiro.

Estes eventos dão a tônica de uma tendência do arrefecimento das operações ilegais com moeda digital. Jamal El-Gindi, diretor da Rede de Execução de Crimes Financeiros (FinCEN, na sigla em inglês), órgão do governo americano responsável pela aplicação da multa à BTC-e, reforça isso.

Nós iremos nos responsabilizar por empresas de remessa de dinheiro localizadas no exterior, incluindo corretoras de moedas virtuais que fazem negócios nos Estados Unidos, quando elas voluntariamente violarem as leis americanas anti-lavagem de dinheiro, afirmou El-Gindi, durante o anúncio da aplicação da multa à BTC-e.

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Milton Leal

Jornalista econômico com mais de 10 anos de experiência, documentarista e viajante do mundo. Conheceu a Blockchain no final de 2014. Desde então, acredita na descentralização como meio para a revolução.

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