Foto: Yayimages
Após fortes valorizações no fim de semana, Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) atingiram importantes marcas. Enquanto o BTC voltou para os US$ 60 mil, a ETH retomou a zona acima dos US$ 2 mil.
No entanto, o trader Austin Arnold, do canal Altcoin Daily, fez um alerta em um vídeo recente. Ele destacou que uma possível manipulação no mercado está a caminho.
Esta correção pode afetar, principalmente, as duas maiores criptomoedas em valor de mercado.
O motivo pode estar nos novos contratos futuros anunciados pela Chicago Mercantile Exchange (CME). Eles serão contratos de menor valor – a partir de 0.1 Bitcoin – e entrarão em vigor no mês de maio.
Para muitos, essa pode ser a chance de se expor ao Bitcoin com custos de entrada menores. Contudo, Arnold alerta que grandes investidores poderão manipular o mercado mesmo sem possuir Bitcoins.
“Com os futuros de criptomoedas da CME, os investidores e traders não precisam realmente possuir Bitcoin. Você não precisa de uma carteira digital, porque os futuros são liquidados financeiramente, ou seja, em moeda fiduciária. Portanto, não envolvem a troca do Bitcoin real”, alertou.
Além disso, não é apenas o Bitcoin que pode ser afetado, pois a CME também possui contratos de ETH. Como estes são mais acessíveis em termos de preço, a manipulação pode ocorrer mesmo nos contratos cheios.
“Embora existam apenas micro contratos para Bitcoin no momento, a CME já tem contratos regulares para Ethereum. Desde o mês passado, eles tiveram cerca de 767 contratos negociados em média a cada dia ou o equivalente a cerca de 38 mil ETH (equivalente a R$ 465 milhões na cotação atual). Então, se você possui Bitcoin ou ETH, isso lhe afeta”, disse Arnold.
As especulações sobre a manipulação no preço do Bitcoin via mercados futuros não é nova. De fato, ela existe desde que esses instrumentos foram lançados, no final de 2017.
Segundo a teoria, as datas de vencimento dos contratos futuros estão associadas a quedas no preço do Bitcoin. Quando elas se aproximam, o preço da criptomoeda tende a cair.
No momento em que o Bitcoin retomou o patamar dos US$ 60 mil (R$ 340 mil na cotação nacional), essa discussão retorna. Porém, Arnold não é totalmente crítico dos futuros.
Para ele, os novos minicontratos possuem suas vantagens. Com eles, o pequeno investidor poderá ter acesso ao mercado sem ter que investir a mesma quantia que os investidores institucionais.
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