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Bitcoin contraria fama e é menos volátil que Apple e Tesla em outubro

O Bitcoin contrariou sua “reputação” de ativo volátil e apresentou uma volatilidade inferior a de empresas valiosas, como Apple e Tesla, em outubro.

Assim, enquanto o criptoativo teve uma oscilação dos preços diários de 30,5% no referido mês, a Apple teve 39,7% de volatilidade e a Tesla 43,5%.

A Ibovespa, por outro lado, tem até o momento sua maior volatilidade anual em reais (47,7%) desde 2008 (52,4%). Em 2019, a volatilidade foi de 18%.

Aumento da popularidade do Bitcoin

Conforme noticiou o Valor Investe nesta segunda-feira (9), não foi apenas no mês de outubro que o Bitcoin teve um desempenho melhor que a fabricante de veículos elétricos.

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Isso porque, quando analisa-se o total acumulado do ano (até 29 de outubro), a volatilidade da criptomoeda também é menor: 93,% da Tesla contra 60,6% do BTC.

A queda na volatilidade da criptomoeda se explica pelo aumento da sua popularidade. Foi o que afirmou um dos sócios da gestora brasileira BLP Criptoativos, Alexandre Vasarhelyi.

Segundo ele, a volatilidade do BTC é decrescente desde 2013. Embora isso não signifique a volatilidade seja pequena, indica que está caindo constantemente:

“Quanto mais pessoas tiverem um ativo, menor será a oscilação. Minha leitura é a de que, conforme aumente o número de players com Bitcoin, a volatilidade vai cair. Afinal, se há 100 milhões de pessoas com um ativo, é mais fácil achar compradores e vendedores no mesmo preço do que se há mil.”

Adoção institucional do Bitcoin

 Vasarhelyi ainda destacou como causa a adoção institucional do Bitcoin:

“Esse tipo de investidor tem condições de colocar um robô para avaliar oportunidades de compra e venda. Ele vai espalhando ordens em quantidade muito maior [que uma pessoa física], e isso também reduz a volatilidade, pois quando há uma notícia ruim, enquanto o público em geral vende, esse robô compra.”

Um dos investimentos recentes no criptoativo foi o da MicroStrategy em agosto, como informou o CriptoFácil.

Na ocasião, a companhia comprou 21.454 BTC, ou seja, cerca de R$ 1,7 bilhão pela cotação atual.

“Para um mercado de US$ 200 bilhões, como o do Bitcoin, isso foi muita grana”, observou o gestor da BLP.

Assim, a longo prazo, Vasarhelyi analisa que os preços do Bitcoin deverão oscilar cada vez menos.

Por outro lado, segundo ele, as cotações de ações podem se manter mais turbulentas que o normal. E a volatilidade do Ibovespa parece corroborar sua tese.

Enquanto a volatilidade acumulada do Bitcoin em 2020 (até 29 de outubro) é de 60,6%, a do Ibovespa em dólares é 59,54%.

“O que vejo são dois movimentos em paralelo: de um lado, o Bitcoin tendo a volatilidade reduzida, mas ainda longe da média de volatilidade anual das moedas tradicionais, que é de menos de 10%. E, de outro lado, a oscilação do mercado acionário subindo. Daí a provocação: o Bitcoin foi, em outubro, menos arriscado que a ação da Apple”, disse.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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