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Bitcoin chegará a US$ 500 mil com crash da bolsa, diz Max Keiser

No início deste mês, o preço do Bitcoin (BTC) subiu além de US$ 50.000 após o lançamento bem-sucedido dos ETFs à vista em janeiro. No entanto, os indicadores macroeconômicos hoje enviam sinais de cautela para eventuais correções no preço.

Ao mesmo tempo, o S&P 500 atingiu recordes históricos, ultrapassando a marca dos 5.000 pontos no início deste mês. Mas apesar dessa alta, o entusiasta do Bitcoin Max Keiser aposta numa queda súbita da bolsa. E de acordo com ele, isso pode fazer o Bitcoin atingir US$ 500 mil, ou cerca de R$ 2,5 milhões a preços atuais.

Alta concentração

Embora o S&P 500 e outros índices de ações dos Estados Unidos tenham atingido novas máximas, tal movimento está concentrado nas chamadas “sete magníficas”. Ou seja, nas ações da Alphabet (controladora do Google), Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla.

De acordo com os dados, essas sete ações subiram quase 117%, superando em muito o desempenho das restantes 493 empresas no S&P 500. Portanto, a alta se deve ao peso desigual dessas empresas no índice, não à saúde do mercado como um todo.

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A empresa de análise de investimentos Kobeissi frisou que 10% das principais ações nos EUA contribuíram com 75% de todo o valor de mercado. Isto marca o nível mais alto de concentração do mercado de ações desde 1931, no auge da Grande Depressão.

Durante a bolha pontocom de 2001, a concentração das 10% principais das ações atingiu aproximadamente 72%. Mesmo antes da crise financeira de 2008, a concentração dos 10% principais das ações atingiu um pico de cerca de 66%. Em média, os 10% principais das ações representam cerca de 64% de todo o mercado de ações.

Esse nível elevado de concentração mostra que não é o mercado que está saudável, mas sim um pequeno conjunto de empresas. Só que este cenário também indica a proximidade de algum evento de correção dos preços.

Queda estilo 1987

Como resultado, o renomado defensor do Bitcoin, Max Keiser, alerta sobre uma crise financeira iminente que lembra a crise de 1987, que ocorreu em 19 de outubro daquele ano. O índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) nos Estados Unidos caiu aproximadamente 22% somente naquele dia, marcando a maior queda percentual em um único dia na história do mercado de ações dos EUA.

Keiser afirma que o Bitcoin, anunciado como o melhor ativo porto seguro, pode subir para além de US$ 500.000 à medida que os investidores buscam refúgio da volatilidade tradicional do mercado. Além disso, Keizer prevê uma erosão contínua do status do ouro como ativo monetário em favor do Bitcoin.

Além da ascensão projetada do Bitcoin, Keiser antecipa repressões regulatórias visando ETFs de Bitcoin e mineradores domésticos, potencialmente levando a apreensões governamentais. “Se eles puderem fazer isso com Trump, certamente poderão apreender Bitcoin mantido em ETFs e apreender mineradores dos EUA”, acrescentou.

Se este cenário se concretizar, o BTC teria uma alta de 1.000% frente ao seu preço atual, o que está dentro do histórico de altas que ocorreram após o halving nos ciclos anteriores.

Encontro da BlackRock

Keiser assumiu uma posição anti-ETF, mas é inegável que os fundos obtiveram enorme sucesso desde seu lançamento. O IBIT, gerido pela BlackRock, é o maior ETF do tipo em todo o mundo, e a gestora segue atraindo investidores.

Nesta quinta-feira (22), a BlackRock sediará o Institutional Digital Assets Summit, evento que chama a atenção do mundo financeiro. Esta cúpula ocorre em um momento em que o ETF Bitcoin da BlackRock se destaca como o ETF de melhor desempenho de 2024, superando até mesmo ETFs tradicionais, como os de ouro.

Essencialmente, o evento busca servir como uma plataforma estratégica para promover o Bitcoin para investidores institucionais, tornando-a semelhante a uma conferência especializada de vendas de Bitcoin, adaptada para atender às necessidades de grandes instituições financeiras.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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