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Bitcoin causa “deseducação financeira”, diz gestor brasileiro

O Bitcoin quebrou recordes de preço e adoção institucional em 2020. Ainda assim, muitos gestores desqualificam a criptomoeda como um bom investimento.

É o caso de Luiz Alves Jr, sócio do fundo de investimentos Versa. No final de semana que o Bitcoin encostava nos R$ 140 mil, Alves disse que o investimento na criptomoeda estimula a “deseducação financeira”.

De fato, o Bitcoin não gera renda, tampouco paga dividendos. E muitos investidores ainda utilizam esses argumentos para criticar o investimento nele.

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O próprio gestor fez uma comparação nesse sentido. Ele foi perguntado se o investimento na Tesla não geraria o mesmo efeito. A empresa teve uma forte valorização em 2020 e tem sido chamada de “bolha” por muitos investidores.

No entanto, Alves descartou a comparação. Para ele, a Tesla é uma “tecnologia com produtos inovadores” e que “pagará dividendos no futuro”.

Usuários comparam rendimento do Versa ao Bitcoin

Imediatamente, alguns usuários começaram a criticar a postura do gestor. Alguns compararam o desempenho dos fundos Versa com o do Bitcoin.

Um dos fundos da gestora, o Versa Long Biased FIM, tem como política a exposição ao mercado de ações no longo prazo. Eis o desempenho acumulado do fundo em vários prazos.

Desempenho do Versa Long Biased FIM. Fonte: Versa.

A título de comparação, o preço do Bitcoin já se valorizou 186% nos últimos seis meses. Ou seja, uma valorização seis vezes maior que a do Versa.

Uma das respostas ao tuíte de Alves foi puxada pela Paradigma Education, empresa de educação e relatórios focadas em criptoativos. A empresa escreveu uma letra “H” em resposta ao gestor.

Em seguida, outros usuários começaram a completar as respostas até formar a frase “having fun staying poor” (divirta-se ficando pobre, em tradução livre).

A frase é um lema do mercado de criptomoedas, fazendo alusão ao empobrecimento via inflação das moedas fiduciárias.

Gestores ainda resistem ao Bitcoin

Mesmo com grandes empresas e fundos investindo em Bitcoin, ele ainda encontra forte resistência de muitos gestores. Para Marcelo Miranda, CEO da Finchain, controladora da exchange FlowBTC, muitos deles ainda enxergam o Bitcoin como “moda”.

“Para os gestores de ativos tradicionais no Brasil, as criptos ainda são um modismo que vem e vai a cada ciclo de alta”, disse.

A mudança dessa ideia passa, segundo ele, por uma mudança na visão do Bitcoin. E isso deve ocorrer principalmente a nível local, facilitando as negociações no mercado brasileiro.

“Poucos gestores enxergam as criptomoedas como uma classe de ativos que vai fazer parte da sua gama de produtos em um futuro próximo. Para isso mudar precisamos primeiro que a regulação faça sentido e principalmente que fundos possam comprar criptomoedas diretamente em exchanges brasileiras”, opinou Miranda.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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