Fintech

Binance quer permitir que clientes mantenham garantias em bancos

Após o desastre da exchange de criptomoedas FTX, que gerou desconfiança com relação às exchanges centralizadas, a Binance quer promover a custódia “terceirizada” de ativos para alguns de seus clientes.

De acordo com uma reportagem da Bloomberg, publicada na terça-feira (30), a exchange de criptomoedas está dialogando sobre uma proposta para permitir que alguns de seus clientes institucionais mantenham suas garantias comerciais em um banco, em vez de na plataforma. Essa medida ajudaria a reduzir o risco da contraparte. Afinal, para uma instituição, manter suas criptomoedas em exchanges centralizadas pode ser algo arriscado, visto o caso da FTX. 

Binance estaria em contatos com bancos europeus

Fontes disseram à reportagem que a Binance conversou com alguns de seus clientes profissionais sobre uma opção que lhes permitiria usar depósitos bancários como garantia para negociação de margem à vista e derivativos.

A exchange de criptomoedas teria entrado em contato com dois bancos europeus para facilitar este serviço aos seus clientes institucionais. Os referidos bancos seriam o FlowBank da Suíça e o Bank Frick de Liechtenstein. Contudo, nenhuma das duas instituições confirmaram o acordo até agora.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

O Bank Frick, por exemplo, citou as leis de sigilo bancário e se recusou a comentar. Enquanto isso, o FlowBank disse que sua licença bancária não incluía negociação de criptomoedas. 

Conforme a proposta, os clientes da Binance bloqueariam seu dinheiro nos bancos por meio de um acordo triplo. Em contrapartida, a Binance emprestaria a eles stablecoins para servir como garantia para negociação de margem.

Além disso, o suposto acordo prevê que os depósitos bancários possam ser investidos em fundos do mercado monetário para ganhar juros. Isso também pode ajudar a pagar os juros dos recursos emprestados pela Binance. 

Como vem acompanhando o CriptoFácil, vários gigantes de Wall Street, incluindo Nasdaq, BNY Mellon e Fidelity Investments, já estão oferecendo ou construindo essas soluções de custódia de criptoativos para instituições.

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.