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Binance ataca Reuters e diz que história do Estado Islâmico está mal contada

As autoridades de Israel apreenderam cerca de 190 contas de criptomoedas na Binance desde 2021, alegando que algumas delas estavam relacionadas a grupos terroristas, como o Hamas e o Estado Islâmico. Uma reportagem sobre o caso foi publicada pela Reuters na quinta-feira (04). No entanto, embora não tenha se pronunciado sobre o texto antes de sua publicação, a Binance respondeu as acusações e disse que a reportagem omitiu fatos.

De acordo com uma nota da exchange, a Reuters omitiu “deliberadamente fatos críticos”. Além disso, a Binance disse que a prevenção de atividades terroristas continua sendo seu principal foco.

Ainda segundo a Reuters, todas as contas apreendidas pertenciam a três exchanges palestinas designadas por Israel como “organizações terroristas”. A agência de notícias ainda sustentou que dois endereços estavam ligados ao Estado Islâmico e que empresas controladas pelo Hamas possuíam outros 12.

Um documento do Bureau Nacional de Financiamento ao Terrorismo (NBCTF) de Israel mostrou que as contas pertenciam a Osama Abuobayada, um palestino de 28 anos.

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A Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo, reagiu rapidamente às alegações. A empresa garantiu que suas políticas de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo baseado em criptomoedas são alguns dos padrões máximos para a empresa.

Afirmou ainda que “não tem conhecimento de nenhuma exchange ou outra instituição financeira que faça mais hoje para manter os maus atores fora de sua plataforma do que a Binance.”

Binance e governo de Israel

A empresa acrescentou que colaborou com as agências de aplicação da lei nas apreensões mencionadas. Também afirmou que os infratores não registram contas com os nomes de seus grupos criminosos. No entanto, a Binance informou que tomou as medidas apropriadas assim que descobriu o caso e congelou as contas.

A exchange também destacou que a tecnologia blockchain “provou ser uma das ferramentas mais poderosas para os esforços de combate à lavagem de dinheiro da aplicação da lei” devido à sua natureza pública imutável.

Recentemente, o braço armado do Hamas, Al-Qassam Brigades, anunciou planos de parar de aceitar doações em Bitcoin, supostamente para proteger os contribuintes. Alguns economistas acreditam que as agências de Israel poderiam rastrear essas transações. Enquanto isso, outros sugerem que o Hamas encontrou opções mais avançadas para financiar suas operações ou voltou aos métodos financeiros tradicionais.

Em 2020, autoridades americanas interromperam os esforços do Hamas, da Al-Qaeda e do Estado Islâmico para arrecadar fundos por meio de moedas digitais, apreendendo US$ 2 milhões em criptomoedas. A maior parte das doações de Bitcoin ao Hamas veio de países muçulmanos, que apoiam sua guerra contra Israel.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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